quarta-feira, 20 de julho de 2011

Leandra Leal



Vou começar logo com uma história que achei fascinante. Ali por volta dos doze anos, logo depois que o pai morreu, Leandra Leal acompanhou a mãe, Ângela Leal, a uma viagem pra Cuba. Conhecida pelo trabalho no cinema, Ângela ia muito ao festival de Havana, e de vez em quando trombava o Fidel Castro por lá. Quando foi com a filha, Fidel quis conhecê-la. Pegou a menina no colo, e ela mexendo na sua barba. Depois andaram de mãos dadas, o Fidel de um lado e o Gabriel Garcia Marquez do outro.



Leandra Leal nasceu em 1982, no Rio. Filha de atriz, cresceu no ambiente artístico, começando no teatro aos sete anos, e aos oito na televisão, aparecendo no último capítulo da novela Pantanal, onde a mãe trabalhava. Em 94, com 12 anos, participou do Confissões de Adolescente, serie da Cultura que marcou toda uma geração. A partir daí vieram inúmeras novelas. Aos 18 criou sua própria produtora, chamada Três Meninas, lidando com eventos sócio-culturais. Sua estréia no cinema foi aos 14, no filme A Ostra e o Vento, do Walter Lima Jr.

“Acredito que quanto mais as individualidades forem respeitadas, mais essa relação vai longe”, aposta. E faz uma reflexão sobre os papéis do homem e da mulher. “A mulher já achou um lugar. O gênero que está em crise agora é o masculino. Tenho amigos que têm um discurso de que tudo bem a mulher ganhar mais, ser independente, mas, na prática, não sabem viver com alguém que ‘não vai cuidar de mim’, ‘não vai ajeitar a casinha pra quando eu chegar do trabalho’. Esse é o desafio. Como é viver de igual pra igual com outro ser humano?”

Aliás, vocês já viram o nome próprio? Se negativo, por favor vejam. É um filme cheio de excessos e exageros, mas de uma sinceridade rasgante, que propicia a oportunidade pra que Leandra demonstre um talento e uma força insuspeitos pra quem esta acostumado a vê-la comportadinha nas novelas.



E, pra terminar, Leandra está na fase de captação de recursos pra produzir um documentário, que será sua estréia na direção de longas. O filme se chamará Divinas Divas, e contará a história de dois travestis que fazem um espetáculo a nos no teatro Rival, que era de propriedade de seu avô.



É, a menina vai longe!

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