segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Adele



Adele Laurie Blue Adkins nasceu em maio de 1988, e é conhecida pelo nome artístico Adele. Depois de lançar três demos no seu myspace, chamou atenção da gravadora XL Recordings e assinou com ela. Foi a primeira a receber o prêmio Critics' Choice do BRIT Awards e foi nomeada "artista revelação" em 2008 pelos críticos da BBC. Em 2009, Adele ganhou dois Grammy Awards de "Artista Revelação" e "Melhor Vocal Pop Feminino". Teve seu reconhecimento mundial ao lançar o álbum 21 e dominar as paradas de sucesso nos Estados Unidos e Reino Unido com o single "Rolling In The Deep.


Confesso que a descobri nem tanto pela música, mas pela foto aí de cima. Achei muita atitude, então pensei: "ei, curti essa mina". A seguir, uns vídeos dessa jovenzinha de voz encantadora.



E pra comprovar o conhecido bom humor da cantora, dêem uma olhada nesse vídeo com uma entrevista tipo pegadinha. Boba, mas bacana por expor a fofurice extrema que é a Adele.



Pra mais musiquinhas, vá ao site dela:


terça-feira, 25 de outubro de 2011

Nina Hartley


Hartley nasceu em Berkeley, Califórnia, em 1959. Filha de pai luterano e de mãe judia, é a caçula de quatro filhos. Seus pais se converteram ao budismo quando ela era adolescente. Depois do colegial, começou a estudar enfermagem. Em 1982, durante seu segundo ano na escola de enfermagem, ela começou a trabalhar como stripper em San Francisco.  Começou a atuar em filmes pornográficos em 1984. Formou-se em enfermagem em 85, e trabalha até hoje na indústria pornô.


Ela considera a si mesma como uma bissexual, feminista e exibicionista. Afirma que entrou neste negócio para expressar suas próprias idéias a respeito de sexo e ajudar as mulheres a se libertarem de seus medos e a descobrirem uma nova maneira de encarar o prazer sexual.


Inteligente e articulada, sempre atuou como porta voz e defensora do mercado pornô, com forte presença na mídia. Escolhi resenhar a Nina porque tenho um respeito fortíssimo pela inteligência dela. Coloco a seguir um trecho de uma entrevista sua:
"As mulheres sempre foram usadas para colocar outras mulheres na linha. E aqui na América há algo chamado de "vergonha vadia", quando as mulheres normais usam os termos "vagabunda" ou "puta" para constranger as outras mulheres e corrigir o seu comportamento. Assim, "vagabunda" é alguém que você não aprova o sexo. Ou o tipo de sexo que eles não aprovam, ou a quantidade de sexo que você não aprova. A idéia é que se o seu comportamento sexual me incomoda, em vez de assumir a responsabilidade por meus sentimentos, vou atacar e tentar pará-lo. 
Sexo e sexualidade afetam a todos. Todo mundo precisa de contato humano. Os seres humanos são criaturas sociais. Precisamos tocar. Precisamos de contato. E muitas pessoas sofrem por causa da cultura. Não importa se a sua cultura ou a minha cultura. Nenhuma cultura é realmente positiva com o sexo. Cada cultura tem seus problemas com o sexo. Algumas têm mais problemas do que outras. A religião trava uma guerra de milhares de anos contra o corpo e contra o prazer, como se sentir-se bem fosse algo diabólico e repulsivo a Deus. 
A realidade é que você se sente bem fazendo o sexo que te apetece e eu me sinto bem com a vida sexual que quero, e ambos podemos ser felizes com as nossas vidas. Mas o código não permite isso, porque como disse alguém: "A virtude das mulheres é a melhor invenção do homem". 
E assim como toda moeda tem dois lados, você não pode criar o mito da virgem sem criar também  o mito da puta. Porque na nossa cultura só precisa de um pequeno deslize para que uma virgem se converta numa puta. Um erro e é uma cadela, é uma vergonha, é expulsa do clube das boas meninas. 
E quando uma mulher é expulsa do clube das boas meninas, podemos agredi-la. Podemos prendê-la, atacá-la, levar seus filhos .... Podemos obter favores sexuais dela"
Fragmento da entrevista com Nina Hartley publicada em junho de 2010 na revista “Rock´n´Roll Popular Magazine”


Praqueles que se interessaram por ela, entrem em seu site, é bem interessante:


E pra quem tiver aí torcendo o nariz por eu ter resenhado uma mina do pornô, coloco a seguir dois trechos de estudos sobre pornografia que acredito ser pertinentes.

“Desde seu início, a mulher é mostrada no universo pornô nestes dois registros analisados: submissa ao desejo masculino e ao mesmo tempo portadora de uma sexualidade voraz e insana. Como um instrumento para a satisfação do homem, o corpo feminino apresenta-se sempre disposto ao coito, pronto para as práticas mais inacreditáveis que visam, antes de tudo, a excitação do público masculino. (...) Ainda assim, existe uma linha mais alternativa de pornografia, incluindo aí os filmes de temática sadomasoquista/fetichista/bizarros, de produtoras pequenas e independentes, que tendem a fugir deste padrão que utiliza o corpo da mulher apenas como instrumento do gozo masculino. Vários destes filmes apresentam mulheres no comando da produção e direção, além de trabalharem como atrizes principais. O prazer é mostrado tendo como ponto de referência a mulher, e muitas vezes os homens estão em cena apenas para compartilhar o gozo feminino. Este tipo de produção mostra claramente que na pornografia tanto o corpo masculino quanto o feminino são meios para o gozo do outro, especialmente do espectador”
Jorge Leite Jr, Das Maravilhas e Prodígios Sexuais, Annablume, 2006.

“Uma visão patriarcal a respeito da utilização da pornografia hard core pode estar em discussão, mas nos pornovídeos essa questão me parece, hoje, secundária. A busca do prazer (sexual) e de satisfação do desejo faz parte das necessidades de ambos os sexos, e de certo modo a mulher/personagem feminino parece ter, hoje, uma representação mais ‘atualizada’ de seus anseios. Os pornovídeos talvez mais liberem do que objetifiquem a mulher”
Nuno César Abreu, O Olhar Pornô, Mercado das Letras, 1996.


segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Lenora de Barros

Hoje a Bruna me enviou um poema visual da Lenora de Barros no meu facebook que me fascinou e originou este post. E talvez esse seja um primeiro dado importante sobre a obra desta poeta-barra-artista- plástica, ou poeta visual: sua obra atrai e gera uma curiosidade irreprimível. Fui totalmente incapaz de não buscar mais de seus trabalhos no Google. Enfim, se está interessado em saber mais, essa entrevista concedida ao Entrelinhas, da Cultura, é bem útil:


Nascida em São Paulo em 1953, Lenora se formou em lingüística pela USP. Expôs em 1980 na décima sétima Bienal de São Paulo, apresentando pela primeira vez seu trabalho em vídeo-texto. Em 83 publicou seu primeiro livro, Onde se Vê. Passou uns dois anos na Itália durante o governo Collor, e quando voltou colaborou com o Jornal da Tarde, produzindo uma coluna de textos poéticos. Trabalhou também na Folha de S. Paulo como editora de fotografia, e na revista Placar como diretora de arte. Em 1998 participou da vigésima nona Bienal de Sampa, ao lado de Arnaldo Antunes e Walter Silveira.

Ok, acho que já falei demais.  

No país da língua grande, dai carne a quem quer carne, 2006

fotografia - 85 x 107 - ed: 3

Homenagem a George Seagal, 1984-2006
vídeo performance - 3'50'' - ed: 5 [imagens still]

Poema, 1978
série de seis fotografias - 20 x 25,50 cm (cada)

Contra Mão, 1994
fotografia - 40 x 60 cm

Mim quer sair de si, 1994
fotografia - 82 x 60 - ed: 5

Silêncio e Calaboca, 1990-2006
foto-performance e vídeo - 100 x 78 cm cada - fotos: Ruy Teixeira

Xôdor
impressão jato de tinta pigmentada sobre papel de algodão - 90 x 126 cm

Dividir Ideias, Multiplicar Imagens, 2001
bolas de ping-pong impressas, caixas de plástico e suporte de aço - 37 x 76 x 54 cm

 Em forma de família,1995



Dado interessante. Em 2002, na exposição Procura-se, no Centro Universitário Maria Antônia, alguns dos trabalhos de Lenora de Barros foram pixados, e a autoria da ação foi assumida pelo grupo arteatack. O vídeo a seguir foi feito como resposta:


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Mary Blair



Nascida em 1911, Mary Robinson Blair frequentou a escola de arte em Los Angeles e inovou a arte de fazer desenhos. Durante a década de 30, Mary pintou aquarelas com temas regionais e trabalhou no Walt Disney Company. Seu talento fez parte da arte conceitual de filmes como Peter Pan, Cinderella e Alice no País das Maravilhas. Ela também fez murais para Disney World e Disneyland, como um enorme mosaico na Disney Contemporary Resort. Além disso, projetou diversas de suas atrações.

Depois da Segunda Guerra Mundial, ela e Lee Blair, seu marido, foram para Nova York, onde Mary criou negócios de arte que fizeram muito sucesso, fez ilustrações de livros infantis, capas de revistas e cenários teatrais. Mary Blair foi homenageada, em 1991, como uma lenda da Disney. Seu trabalho fora da Disney é pouco conhecido, porém muito admirado e copiado por designers, ilustradores e animadores.

A artista morreu em 26 de julho de 1978, de hemorragia cerebral.
Fiquei sabendo de sua existência graças à homenagem feita pelo Google, hoje, pelo centenário de seu nascimento. Seus desenhos dão uma baita nostalgia da infância, né.











quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Pauline Kael


Pauline Kael nasceu em 1919 e morreu em 2001. Foi uma jornalista que escreveu críticas de cinema na revista The New Yorker entre os anos de 1968 a 1991. Conheci seu trabalho através de seu livro, lançado por aqui pela Cia das Letras, 1001 Noites no Cinema, em 1994. Minha primeira impressão não foi positiva, confesso. A imagem que me vinha à mente era a de uma crítica ranzinza, uma mulher que odeia filmes e que dedica sua vida a falar mal deles. Evidentemente eu estava errado. E esse post talvez seja meu primeiro passo para uma melhor compreensão do universo de Pauline Kael.


Importante ressaltar que Pauline foi a crítica de cinema mais importante e influente dos Estados Unidos. É uma espécie de norte pra praticamente todos os que estão no ramo, hoje em dia. Formada em Filosofia e Literatura na Berkeley. Depois de formada trabalhou em alguns trabalhos típicos de recém formados, tais como cozinheira, costureira e redatora de publicidade. E então o editor de uma revista a viu discutir sobre cinema em um café e a convidou pra escrever uma crítica. Foi então que começou a publicar críticas regularmente em algumas revistas.


Pauline buscava nestas críticas um tom afastado da pompa do discurso universitário. Buscava informalidade e a falta de pretensão. E talvez esse seja seu maior mérito: a clareza. Lição que infelizmente muitos críticos hoje em dia não tenham se dado o trabalho de aprender. Afinal, o que mais se vê são aquelas críticas incompreensíveis, impossíveis de serem compreendidas em uma leitura só. Em suma, desnecessários.


Entre 1955 e 60 gerenciou dois cinemas em Berkeley, programando e resenhando todos os filmes exibidos. Como programadora, moldou o gosto de um grande público de acordo com o seu. E foi publicando críticas aqui e alí que alcançou o cobiçado posto na sofisticada New Yorker. Seu estilo direto e claro incomodou aqueles que esperavam um vocabulário rebuscado, mais condizente com a publicação. Mas aos poucos seu estilo se impôs, e seus textos passaram a ser paradigmáticos. Pauline dizia que suas críticas eram boas porque os filmes eram bons.


Aqui vai um trecho em que fala do filme Sindicato de Ladrões:
“A tentativa de criar um herói para a audiência de massa é um desafio e uma grande armadilha. Sindicato de Ladrões enfrenta o desafio, mas cai na armadilha. A criação de um simples herói é um problema que não ocorre com freqüência em filmes europeus, nos quais o esforço é despendido em criar personagens que nos toquem mais por sua humanidade – sua fraqueza, sua sabedoria, sua complexidade – do que por suas dimensões heróicas. Nossos filmes [norte-americanos], entretanto, negam a fraqueza humana e as complexidades sobre as quais os europeus tanto insistem. É como se nos recusássemos a aceitar a condição humana: não queremos ver-nos em trapaceiros, em seres traídos e covardes. Queremos heróis, e Hollywood os produz com um estalar de dedos.”

No início dos anos 1980 foi diagnosticada com a doença de Parkinson. Com a piora da doença, se tornou cada vez mais desiludida com o cinema. As críticas se tornaram cada vez mais amargas, até que em 1991 resolveu se aposentar. Segundo suas palavras, "o empobrecimento estético e mental [do cinema] não tem fim". Dedicou sua última década de vida aos romances, à ópera, ao jazz, ao rap, e ao rock. Morreu em 1991, aos 82 anos.


Enfim, seria ótimo que se estudasse Kael nas universidades. Quem sabe as críticas de cinema hoje em dia se tornassem menos enigmáticas - e menos chatas.

“Quando somos jovens, são boas as possibilidades de que encontremos alguma coisa de que gostar em quase qualquer filme. Mas quando nos tornamos mais experientes, as possibilidades mudam"

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Édith Piaf



Vocês já viram o filme da Piaf? Aquele de 2007, com a Marion Cotillard? Pois vejam, é uma beleza.


Ela nasceu como Edith Giovanna Gassion em Belleville, um distrito cheio de imigrantes em Paris. Ela recebeu o nome de Édith em homenagem a uma enfermeira britânica da Primeira Guerra que foi executada por ajudar soldados franceses a escapar dos alemães. Piaf, um nome coloquial francês para um tipo de pardal, foi um apelido dado a ela vinte anos depois.



Sua mãe trabalhava como cantora em um café e seu pai como acrobata de rua, tendo um passado no teatro. Os pais de Edith abandonaram-na cedo, e ela viveu por dezoito meses com sua desleixada avó materna, até que seu pai pegou-a de volta e levou-a para sua mãe. Esta trabalhava então em um bordel na Normandia. Lá, prostitutas tomaram conta da pequena Édith.



Em 1922, o pai de Piaf levou-a para viver em sua companhia, enquanto trabalhava em pequenos circos itinerantes. Em 1929, aos 14 anos, enquanto seu pai fazia performances acrobáticas nas ruas de toda França, Édith cantou pela primeira vez em público.



Com 15 anos, ela deixou seu pai e sair pra vida. Juntou-se à amiga Simone e as duas tornaram-se parceiras de rolê. Piaf estava com 16 anos quando se apaixonou por Louis Dupont, um entregador com quem teve sua única filha, aos 18, Marcelle, que morreu de meningite com 2 anos de idade. Como a mãe, Piaf encontrou dificuldade em cuidar da filha enquanto vivia de cantoria nas ruas, e deixava Marcelle para trás. Dupont criou a criança até sua morte.



Em 1935, Piaf foi descoberta cantando na rua da área de Pigalle por Louis Leplée, dono do cabaré Le Gerny's. Foi ele quem a iniciou na vida artística e a batizou de "la Môme Piaf", uma expressão francesa que significa "pequeno pardal" ou "pardalzinho", pois ela tinha uma estatura baixa - um metro e quarenta e dois. Lepleé, vendo o quão nervosa Piaf ficava ao cantar, começou a ensinar-lhe como se portar no palco e disse-lhe para começar a usar um vestido preto quando se apresentasse, vestuário que mais tarde se tornou sua marca registrada como roupa de apresentação.



Lançou seu primeiro disco em 1936, tornando-se um sucesso absoluto. Em 1940 estréia como atriz sua primeira peça de teatro, escrita especialmente pra ela por Jean Cocteau. Em 1941 estrela um filme de Georges Lacombe, Montmartre-sur Seine. Em 1945 escreve uma de suas primeiras canções, e também um de seus maiores sucessos, La Vie en Rose. Em 1947 vai pros Estados Unidos pra fazer shows - e um baita sucesso - e lá conhece seu grande amor, Marcel, um pugilista argelino. Mas como tragédia é o sobrenome de Edith, Marcel morre num acidente de avião em 1949. O golpe é fortíssimo e ela passa a se aplicar fortes doses de morfina.




A década seguinte é marcada por sucessos musicais, excessos de morfina e álcool e novos amores. 1958 sofre um acidente de carro, que deixa seu estado de saúde ainda pior do que já era. Nos anos 60 ela aluga uma mansão de 25 cômodos, na praia. Lá passa a dar festas para os amigos, esbanjando sem nenhum limite. Morreu então em outubro de 1963.




Tinha apenas 47 anos.

      

Connie Lim


Só pra constar, vou falar da Connie ilustradora, e não da cantora, ok.

Nasceu em 1986 e mora em Los Angeles, Califórnia. 

Estudou ilustração e designer, e trabalha com moda. Talvez seu trabalho mais conhecido seja a série ilustrações que fez para cartas de baralho. É indiscutivelmente um traço cheio de elegância, indissociável do universo da moda. Enfim, apreciem aí.


















O site e o blog da gatinha: