quinta-feira, 22 de março de 2012

Anna Muylaert


Acabei de ver o filmaço da Anna, É Proibido Fumar, e resolvi vir aqui pra escrever sobre ela.

Anna Muylaert, paulista nascida em 1964, já passou pela televisão, cinema e crítica de filmes. Na telinha, esteve ligada aos programas que fizeram a minha cabeça quando eu era criança, na TV Cultura: Mundo da Lua (1991) e Castelo Rá Tim Bum (1995). No primeiro,  participou da criação, coordenação de textos e edição do programa: no segundo foi roteirista e coordenadora de textos. Em 1998 participou da criação do Disney Club, do SBT.



O universo infantil sempre mereceu dedicação especial de Anna Muylaert, que também escreveu alguns livros para as crianças, “Diário de Bordo do Etevaldo”, “As Memórias de Morgana” e “As Reportagens de Penélope”, além de assinar o roteiro do premiado curta “O Menino, a Favela e as Tampas de Panela”, dirigido por Cao Hamburger. Se vc ainda não viu, tá aí, é curtinho mesmo.


Foi no formato curta-metragem que Anna Muylaert exercitou sua arte, roteirizando e dirigindo os premiados filmes: Rock Paulista, As Rosas não Calam, a A Origem dos Bebês Segundo Kiki Cavalcanti (1995). Esse último dá pra ver aqui no Porta Curtas:

Botei aí uma entrevista dela com o mala do Abujamra, vale a pena.


Como roteirista, Anna Muylaert participou dos roteiros dos filmes Castelo Rá Tim Bum (1999), de Cao Hamburger, e Desmundo (2002), de Alain Fresnot. Em 2000, Anna Muylaert estréia em longas com Durval Discos, uma cómédia de erros que é um achado, um belíssimo filme.


Em 2005 roteirizou  a série da HBO, Filhos do Carnaval, e em 2007, Alice, pro mesmo canal. Em 2007 também roteirozou o filme O Ano Em que Meus Pais Saíram de Férias, do Cao.Em 2009 dirigiu seu segundo filme, É Proibido Fumar, que ganhou uma penca de prêmios, o gosto do público e o respeito da crítica. produção 

Eu me formei em cinema e comecei como roteirista na TVCultura, mas acho que não dirigiria um filme que não escrevi. Para mim, o cinema é um processo inteiro. Quando decidi que queria fazer um filme. eu parei de trabalhar por um tempo, aluguei uma casa em Paraty e resolvi que queria ser uma diretora que tem um tipo. Que tipo era esse? Eu não sabia. Fiquei me debatendo, escrevi contos e comecei a trabalhar no embrião que viria a ser o Durval Discos. 
Foi um processo longo com muitos tratamentos, mas foi nele que eu reconheci um humor que é meu. Acho que o Durval e o É Proibido Fumar são irmãos na ironia. Pode parecer pretensioso, mas eu penso em criar uma obra, no sentido de um universo particular, um cinema que as pessoas reconheçam como meu. Eu fiz cinema porque os meu ídolos são diretores como Federico Fellini, Woody Allen, Pedro Almodóvar. E quando você assiste um filme deles sabe que ali tem uma visão de mundo. É o meu barato.

Dirigiu também o telefilme "Para aceita-la continue na linha", produção extraordinária que passou na tv cultura na época. Atualmente, Anna está em fase de captação de recursos pra seu próximo longa, Chamada a Cobrar.
 

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