sexta-feira, 13 de abril de 2012

Billie Holiday



Billie Holiday.

Também conhecida como Lady Day.

A musa suprema do Jazz.


Eleanor Fagan Gough nasceu em Baltimore, em 1915. Seu pai era um guitarrista e banjonista de apenas quinze anos, que abandonou a filha pequena pra cair no mundo, fazendo seu som. Sua mãe tinha treze anos, e durante os dez primeiros anos da filha a deixava com amigos e vizinhos pra poder trabalhar.



Billie fugia frequentemente da escola, e antes dos 10 anos foi enviada pra um reformatório católico, onde permaneceu por nove meses. Saiu, e foi ficar sob cuidados de um vizinho, enquanto a mãe viajava trabalhando. Quando retornou, a mãe descobriu que o vizinho, Wilbur Rich, estava estuprando sua filha. Ele foi preso e a menina mandada novamente pro reformatório, como testemunha do Estado em caso de estupro. Neste ano, abandonou a escola de vez.


Quando saiu, aos 12, foi lavar o chão de um prostíbulo, com a mãe. Foi nessa época que ouviu pela primeira vez as gravações de Louis Armstrong e Bessie Smith. Em 1928 se mudaram para o Harlem, em Nova Iorque. Lá chegando, sua mãe foi trabalhar em um bordel, como prostituta. E Billie, que ainda não tinha completado 14, também, cobrando 5 dólares a hora. Em 1929 a polícia apareceu e prendeu as duas, que permaneceram encarceradas por cinco meses.


Sem nenhum dinheiro e desesperada, a garota saiu pelos bares à procura de emprego. Foi chamada pra dançar, mas foi um desastre. Um pianista ficou compadecido, e perguntou se a garota sabia cantar. Saiu de lá com emprego fixo.



Billie nunca teve educação formal de música, tudo o que conhecia foi o que havia escutado nos tempos do bordel. Mas após 3 anos cantando em bares gravou seu primeiro disco, já usando seu nome artístico de Billie Holiday.



Foi a primeira negra a cantar com uma banda de brancos, em plena era de segregação nos anos 30 – o que não a fez imune ao preconceito racial, evidentemente. Sua voz levemente rouca, sensual e profundamente emotiva garantiram inúmeras músicas de sucesso, e grandes vendas. Fez muitas turnês por casas noturnas, geralmente viajando em condições precárias. Tornou-se grande amiga de Ella Fitzigerald, embora a mídia houvesse criado uma rivalidade entre elas.





Em 1946, participou de seu único grande filme em Hollywood, New Orleans. Nessa época, seus problemas com drogas já eram crescentes. Elas ganhava mais de mil dólares por semana, e gastava quase tudo em heroína. Em 47 ela foi presa por posse de narcóticos, em seu apartamento em Nova Iorque. Foi condenada e presa, mas logo libertada por bom comportamento. Sua popularidade era altíssima.



Foi presa novamente em 1949, desta vez condenada a não mais tocar em lugares que vendessem bebidas alcoólicas. O que foi um grande problema, pois eram esses lugares que melhor pagavam. Billie não recebia muito dinheiro dos discos que vendia, e por isso sua vida financeira decaiu drasticamente.




Em 1956, publica sua autobiografia, Lady Sings the Blues.




No início de 1959 descobre que tem cirrose no fígado e para de beber. Mas volta violentamente após algumas semanas. Em maio, já havia emagrecido 20 quilos, e foi internada no hospital. Foi presa novamente por posse de drogas, e como não podia ser removida da cama, a polícia ficou na porta do seu quarto até sua morte, em 17 de julho de 1959.


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