sábado, 2 de junho de 2012

Amy Winehouse


A maior cantora a surgir nesse planeta nos últimos muitos anos. Foi uma merda gigante ela ter morrido assim, tão cedo, tão perdida, tão antes do tempo. Tem gente que diz que os bons morrem cedo, e que é assim que tem que ser. Mas nada me tira da cabeça que essa mulher ainda tinha muito o que viver, muito o que compor, o que cantar. E, caralho, uma mina que nem a Amy, com essa voz, carisma e atitude, isso não que acontece todo dia.





O que nos resta agora é botar seus cds no som e curtir. E que sons! Mas vamos falar um pouco sobre sua vida: nascida numa família judia de Londres, cujo pai era motorista de táxi e a mãe farmacêutica, cresceu num ambiente musical ligado ao Jazz. Sua avó era uma cantora, e seu irmão costumava cantar músicas do Frank Sinatra, influenciando a irmã a seguir seus passos. Claro que ela causava na escola, roubando a atenção dos alunos com sua voz, pra desespero dos professores. 






Sua avó Cynthia a levou a frequentar a escola Susi Earnshaw para promover sua educação vocal, e lá permaneceu por quatro anos. Nesse tempo fundou um grupo de rap com uma amiga, que durou pouco, chamado Sweet´n´Sour. Então foi estudar música em tempo integral na escola Sylvia Young, mas aos 14 anos foi expulsa por não se aplicar nos estudos e por botar piercing no nariz. Nessa época ela tinha ganho uma guitarra e começou a escrever suas músicas. Também começou a trabalhar pra se bancar, incluindo aí o trampo de jornalista de entretenimento pra tv. 



Aos 16 tocava em pubs, ao lado do amigo e namorado Tyler James. Aos 17 tornou-se vocal da Orquestra Nacional da Juventude Jazz, e Tyler mandou uma demo do grupo pra uma gravadora. De mãos em mãos, a garota com voz de jazz e blues despertou interesse da Island Records, que lançou seu primeiro álbum, Frank, em 2003.




Frank foi lançado somente na Inglaterra, mas serviu pra atiçar os ouvidos mais atentos para aquela que apontava ser a grande promessa da música. Foi em 2007 que, além de se casar com Blake Fielder, Amy lança o disco mais vendido do ano, o icônico Back to Black [que é o álbum que estou ouvindo enquanto escrevo essas linhas]. 









Infelizmente sua vida não ascendia da mesma forma que suas músicas. Muito álcool, muita cocaína e crack, brigas terríveis com o marido fizeram a alegria dos jornais sensacionalistas, que aos poucos foram devorando Amy, que descia cada vez mais numa espiral de autodestruição.




Foi presa duas vezes em 2008 por posse de drogas, e vivia entrando e saindo de clínicas de recuperação. Seus shows eram roletas russas, pois nunca dava pra saber se ela aguentaria cantar até o final ou não. Amy ganhou todos os prêmios que era possível se ganhar com música e regravou canções dos grandes monstros sagrados do blues/soul.



Como bem resume minha amiga Thalitinha, Amy era do tipo coração. Ela precisava sentir a dor na pele e na alma para poder criar. Superficialidades só poderiam resultar em músicas vazias, e isso era impensável pra ela. No início as drogas não eram um grande problema pra ela, mas depois do Back to Black ela passou a andar em companhias um tanto tensas, de gente que vivia em função da chapação. Ela bem que tentou escapar desse universo, mas isso deixou de ser uma situação para se tornar uma condição: ela não estava drogada. Ela era drogada. Triste. Tudo chegou ao fim com sua morte em julho de 2011, decorrentes de ingestão de álcool, logo após um período de abstinência. 


2 comentários: