quinta-feira, 28 de julho de 2011

Marília Coutinho



Em fevereiro desse ano, logo após abrir minha edição mensal da Trip, fiquei estarrecido com a entrevistada do mês. Era a irmã do Laerte cartunista, Marília Coutinho, decididamente uma mulher forte.


Evidentemente que não estou falando só de força física. Essa mulher tem uma determinação que só é vista em pouquíssimas pessoas. Enfim, pensei em escrever sobre a vida dela, mas, se você está interessado mesmo, leia a entrevista que ela deu na Trip. É muito foda: http://revistatrip.uol.com.br/revista/196/especial/ela-tem-a-forca.html.



Os problemas com relacionamentos na infância, a terrível experiência nos grupos de esquerda, a formação em biologia - onde conseguiu seu doutorado -, as crises mentais, a tentativa de suicídio e por fim o mergulho total na prática do halterofilismo.


E a mudança de pesquisadora para atleta para mim foi algo chocante. E esse meu choque é carregado de uma tonelada de preconceitos, claro. Lendo os textos da Marília é possível pensar melhor na importância do corpo, entender que a mente sozinha não pode ser a única responsável pela nossa felicidade e satisfação.


Então, pra quem se interessar, aí vai o site pessoal dela, onde há várias dicas sobre treinos, alimentação e saúde, e também o blog dela, com textos sobre estética e saúde. Bem legal.

http://www.bodystuff.org/

http://mariliacoutinho.livejournal.com/

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Cléo de Mérode



Vamos voltar um pouquinho no tempo pra falar dessa francesa que honrava muito o rolê.

A garota da foto aí é Cléo de Mérode, nascida em Paris em 1875, que desde muito criança já era celebrada pela sua beleza. Estudou na Escola de Balé da Ópera, mas abandonou em tudo em 1899, desistindo da carreira de bailarina clássica e toda essa vida caretinha que estava destinada a ela. Preferiu ir se apresentar nos maiores teatros de variedades de Paris, tornado-se rapidamente num enorme sucesso.



Apresentava números de dança oriental e grega, reinando absoluta até se retirar de cena voluntariamente nos últimos dias da Primeira Guerra Mundial. Marcou a época que ficou conhecida como Belle Epoque, aparecendo sempre nas páginas de moda das revistas e jornais, incessantemente fotografadas.



Em 1955 publicou seu livro de memórias, intitulado "Le Ballet de ma Vie".



Morreu em 1967, em Paris.


quarta-feira, 20 de julho de 2011

Leandra Leal



Vou começar logo com uma história que achei fascinante. Ali por volta dos doze anos, logo depois que o pai morreu, Leandra Leal acompanhou a mãe, Ângela Leal, a uma viagem pra Cuba. Conhecida pelo trabalho no cinema, Ângela ia muito ao festival de Havana, e de vez em quando trombava o Fidel Castro por lá. Quando foi com a filha, Fidel quis conhecê-la. Pegou a menina no colo, e ela mexendo na sua barba. Depois andaram de mãos dadas, o Fidel de um lado e o Gabriel Garcia Marquez do outro.



Leandra Leal nasceu em 1982, no Rio. Filha de atriz, cresceu no ambiente artístico, começando no teatro aos sete anos, e aos oito na televisão, aparecendo no último capítulo da novela Pantanal, onde a mãe trabalhava. Em 94, com 12 anos, participou do Confissões de Adolescente, serie da Cultura que marcou toda uma geração. A partir daí vieram inúmeras novelas. Aos 18 criou sua própria produtora, chamada Três Meninas, lidando com eventos sócio-culturais. Sua estréia no cinema foi aos 14, no filme A Ostra e o Vento, do Walter Lima Jr.

“Acredito que quanto mais as individualidades forem respeitadas, mais essa relação vai longe”, aposta. E faz uma reflexão sobre os papéis do homem e da mulher. “A mulher já achou um lugar. O gênero que está em crise agora é o masculino. Tenho amigos que têm um discurso de que tudo bem a mulher ganhar mais, ser independente, mas, na prática, não sabem viver com alguém que ‘não vai cuidar de mim’, ‘não vai ajeitar a casinha pra quando eu chegar do trabalho’. Esse é o desafio. Como é viver de igual pra igual com outro ser humano?”

Aliás, vocês já viram o nome próprio? Se negativo, por favor vejam. É um filme cheio de excessos e exageros, mas de uma sinceridade rasgante, que propicia a oportunidade pra que Leandra demonstre um talento e uma força insuspeitos pra quem esta acostumado a vê-la comportadinha nas novelas.



E, pra terminar, Leandra está na fase de captação de recursos pra produzir um documentário, que será sua estréia na direção de longas. O filme se chamará Divinas Divas, e contará a história de dois travestis que fazem um espetáculo a nos no teatro Rival, que era de propriedade de seu avô.



É, a menina vai longe!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Vanessa da Mata



É botar o cd da Vanessa da Mata e me bate aquela melancolia.
Mas eu ainda gosto muito de ouvir, gosto do ritmo gostoso, das letras cheias de imagens, de cores, de sabores.  É a voz de uma mulher forte, mas carinhosa. Achei interessante o que ela disse:

"Atraio homens mais tímidos e sensíveis porque sou mais expansiva e aparentemente mais forte, apesar da voz delicada. Isso sempre foi difícil porque ou eles ficavam ainda mais dependentes ou se sentiam ameaçados"
Pois é. Mas vamos ao que interessa. Vanessa nasceu em 76, no Mato Grosso, numa cidadezinha de 8 mil habitantes. Ainda criança, ouvia os vinis de sua Vó Sinhá, cantando e dançando em volta do ventilador ligado. Também ouvia uma porção de discos que seu tio trazia de viagens da Amazônia. Mas com relação à música ao vivo, suas primeiras experiências foram com os passarinhos cantando nas árvores. Chegava até a atrapalhar a caçada dos irmãos para salvar os bichos das estilingadas.



Jogava basquete na escola, e nunca foi uma aluna muito aplicada. Aos 14 foi sozinha pra Uberlândia prestar medicina. Foi aí que começou a fazer suas primeiras apresentações em bares.



Aos 17 foi pra São Paulo e se inscreveu numa competição de modelos numa grande agência, a Elite. Foi finalista, mas detestava toda aquela rotina de sessão de fotos, neura com peso e tensão constante. Largou tudo e nunca se arrependeu disso.



Cantava numa banda feminina de reggae chamada Shalla Ball, e aos 21 conhece Chico César, com quem compõe "a força que nunca seca", gravada por Maria Bethânia. A partir daí a história já não é nenhum mistério. O sucesso chega, graças a muito trabalho e a um imenso e inegável talento.



Ah, e o disco "Essa boneca tem manual" é sem dúvida o meu favorito.

http://www.vanessadamata.com.br/home/

terça-feira, 5 de julho de 2011

Camille Rose Garcia

Depois da Audrey, vou mostrar o trabalho de outra californiana. Se trata da Camille Rose Garcia, uma pintora nascida em 1970 que cresceu indo pra disneylandia e ouvindo The Clash e Dead Kennedys. Ou seja, algo muito estranho iria acontecer. 



Com quadros que lembram o universo gótico dark de Tim Burton misturados com os cartoons da infância, Camille cria um universo caótico e bizarro, colorido e assustador. 



Em seu site estão elencados algumas de suas influências: Phillip K. Dick, William Burroughs, Henry Darger, Walt Disney, e as bandas já citadas.










Audrey Kawasaki

Essa foi dica do Caio, que passa o dia vendo blog de tatuagens, e que descobriu que os trabalhos desta californiana de 29 anos são os mais adaptáveis pra se marcar na pele.  Talvez porque suas mulheres de traços finos, elegantes e melancólicos sejam de uma beleza sedutora e onírica, e nos transporte prum misterioso mundo de fantasia erótica.

Mayakashi, 2010

Enfim, ela é uma pintora que ao invés de pintar na tela, usa pranchas de madeira. Assim, aproveita as ondulações do próprio material para criar efeitos com sua pintura a óleo.

Yuuwaku, 2010

Garotas de olhares melancólicos. A leveza dos tons pastéis. As linhas arredondadas do mangá.

Duas Irmãs, 2008

Pra quem curtiu muitão, faça uma tatoo a partir das pinturas dela!
O site é esse http://www.audrey-kawasaki.com/

OctoGirls, 2006

Bra, 2005

Hold, 2005

Lick Face, 2005

Kotori, 2003

Uria, 2008

Komoriuta

E aqui tá a moça pintando