domingo, 25 de setembro de 2011
Pipilotti Rist
Hoje a Folha citou uma performance da Pipilotti, e eu estou aqui pra tentar saber um pouquinho mais sobre ela. Vamos lá. Nascida Elisabeth Charlotte Rist na Suíça, em 1962, mudou seu nome em homenagem à personagem Pippi Longstocking, da série de livros de Astrid Lindgren. Estudou artes na universidade de Viena, e Vídeo na universidade de Basel.
Começou fazendo filmes em Super 8, de poucos minutos. Suas experimentações se davam em torno das cores, sons e velocidade da imagem. Achei uns vídeos no youtube, acho que dá pra sentir qual a pegada do seu trabalho.
[Vejam o vídeo desse link aqui: http://www.youtube.com/watch?v=AGoAPGSdxhM&feature=fvst
É ótimo, mas não consegui postar nem fodendo]
Foi integrante - entre 1988 e 1994 - da banda performática, multidisciplinar, formada só por mulheres, chamada Les Reines Prochaines. Com canções compostas em tom provocatório de cabaré vanguardista, transitam entre o punk e o blues, entre o a música popular sueca, o tango e o rock. Essa experiência musical é crucial, e é evidente a importância que a música tem, até hoje, em sua obra.
Em 2009 lançou seu primeiro filme, Pepperminta. O trailer é uma beleza, cheio de cores e situações nonsense. Preciso baixar, deve ser uma maluquice muito legal.
Citando a crítica da Bravo, Gisele Kato:
"Diante de uma obra da suíça Pipilotti Rist, tem-se quase sempre a sensação de entrar em um sonho. Ou de voltar à infância, quando cenários coloridos e grandiosos são suficientes para ativar a imaginação. Com o tempo, em um mundo tomado por imagens, parece que desenvolvemos uma espécie de imunidade aos apelos visuais. Por isso, conhecer Pipilotti torna-se algo tão marcante. Suas videoinstalações conseguem furar a barreira da indiferença e proporcionam ao espectador uma experiência singular. Com projeções que tomam paredes inteiras dos espaços expositivos, trilhas sonoras e tons saturados, a artista explora os limites entre o racional e intuitivo, o físico e o psicológico. Esqueça portanto os vídeos exibidos em telas planas, ainda comuns entre os que trabalham com a linguagem audiovisual. Um clima de fantasia domina sua obra.
(...)
Mas não se engane. Nem só de ironia e emoção alimentam-se as obras de Pipilotti. Ela fala de questões femininas, entre elas o jeito como as mulheres lidam com o próprio corpo e temas ligados à sexualidade. "Acho que ela trabalha de uma maneira interessante as políticas de gênero, sem cair num discurso enfadonho ou partidário: a favor da mulher, contra os homens", diz Giselle Beiguelmann, artista multimídia e diretora artística do Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia, promovido em São Paulo há nove anos. Pipilotti Rist sabe ao mesmo tempo despertar sensações e tocar em assuntos sérios. Esbanja ainda habilidade para circular em diversas mídias, da música ao cinema, e assim faz uma arte com a cara do nosso século."
Ah, não deixem de passear no site dela, é bem legal: http://www.pipilottirist.net/
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