sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
Yoko Ono
Hoje eu tava de bobeira no face, daí o amigo Felippe Pompeo me mandou essa "bota a Yoko Ono nas mulheres que honram o rolê". Daí pensei "putz, ok, não tenho mais como me esquivar". hahhahahha. Na real eu sei que a mulher mais odiada do rock´n´roll (sim, mais que a Courtney Love) é uma baita artista incrível, com um milhão de trabalho em diversas áreas, e, bem, sempre me senti um tanto intimidado por ela. Mas então bora lá que a hora de falar dela é agora.
Onde ela nasceu? Acertou que disse Tóquio, Japão, no ano de 1933. A Wiki a define como cantora, cineasta e artista plástica vanguardista. Nós chegaremos lá.
Nascida numa família rica, estudou piano e canto na infância. Quando a segunda guerra começou, sua família fez algumas viagens aos Estados Unidos, até que se mudaram definitivamente pra Nova Yorque em 1952. Estudou numa universidade de música, onde conheceu diversos músicos de vanguarda com quem viria a trabalhar posteriormente.
Aos 23 anos ela se casa, contra a vontade dos pais, com um compositor japonês de música clássica, Toshi Ichiyanagi, com quem dividiu um apê onde faziam experimentações musicais, junto com o compositor John Cage. Nesse período ela começou a dar aulas de arte japonesa e música para alunos de escola pública.
A partir do fim dos anos 50, começa a trabalhar com artes plásticas, com obras de forte cunho conceitual. Uma delas é Painting to see the Skies, que consistia numa folha com instruções em japonês sobre como observar o céu a partir de uma simples tela.
Em 61 ela havia se desentendido com o marido e voltado pro Japão. Lá passa por um difícil período de depressão, pela crise no casamento e insucesso de crítica, e é internada num hospital. Se reencontra com um amigo com quem tem um caso e uma filha. Voltou pros States em 63. Foi aí que se juntou ao grupo vanguardista Fluxus, que tinham uma postura politizada e e libertária.
Daí ela fez umas apresentações no Carnegie Hall. Coloquei um vídeo de uma apresentação de 1965, uma performance onde ela fica no palco e o público chega e tem a liberdade de cortar uma pedaço da roupa dela.
Daí em 64 ela lança o livro Grapefruit, com instruções sobre obra de arte.
Entre os anos de 64 e 72 ela realiza dezesseis filmes experimentais. O mais conhecido (e polêmico) é o 4, também conhecido como Bottoms. O filme e esse aí:
As coisas estavam indo bem pra Yoko. Seu trabalho estava sendo reconhecido e em 66 foi convidada a fazer uma exposição individual. Foi aí que ela conheceu o John Lennon, que pirou numa instalação onde havia uma escada que levava a um teto de livro, onde havia uma lupa, e com ela era possível ler a inscrição "yes".
John financia a próxima instalação de Yoko, Half-A-Room, e deixa sua esposa pra se casar com Yoko, em 1969, com quem passa a produzir composições de vanguarda, sem estrutura musical tradicional.
Foi então que seu foco voltou-se pra música. Ela lançou dois discos no início dos anos 70 que primavam pelo experimentalismo, agora não mais a partir da música erudita, mas do rock´n´roll. Esses álbuns foram gigantescos fracassos, mas hoje eles são respeitados como históricos trabalhos que influenciariam o rock experimental do fim dos 70, o industrial e o pós punk, além claro da música eletrônica. O Pompeu me indicou duas músicas pra ficar por dentro do trampo dela, e eu gostei muito. Aí vão:
Junto com John, realiza diversas ações em prol da paz mundial. Hoje em dia parece bobo, mas na época fazia todo o sentido. Nos anos 70 eles se aliaram a vários ativistas, muitos deles bem radicais, geralmente em prol de causas pró igualdade racial e feministas. O assassinato de John não faz com que ela pare com seu ativismo.
No fim dos anos 80 ela retorna às artes plásticas. Encontrei poucas informações sobre essa fase de seu trabalho, talvez por seu relacionamento com John ter ofuscado um tanto seu trabalho.
Em 2002 ela criou seu próprio prêmio para paz, que é concedido a cada dois anos. O valor é de 50 mil dólares, e é concedidos a ativistas vivos. Hoje em dia ela faz umas apresentações com seus filhos, que também são músicos.
Quase todo mundo odeia a Yoko. Na verdade, lendo e pesquisando e amando os Beatles, eu vejo que tudo foi um grande equívoco, um mal entendido. John, que nunca havia conhecido o amor de verdade - se isso é algo a ser levado a sério - pirou na japa. Eu acho que ela deveria ser muito boa na cama. O foda era que John era louco e muito excêntrico, desde sempre. Não foi diferente quando ele conheceu o amor, trazendo a moça para o estúdio , etc. Paul ficou bem puto com a japa dando palpites no trampo deles. Mas ela faz parte da história. A verdade é que Yoko é uma puta artista e viveu no inferno com John. Se há UMA pessoa nesse mundo que sente a falta de John, essa pessoa é ela.
ResponderExcluirPuta merda Bill, que post foda.
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