quarta-feira, 21 de março de 2012
Anna Karina
Nascida Hanne Karin Blarke Bayer, em 1940, na Dinamarca, sua mãe era proprietária de uma loja de roupas, e seu pai um capitão de navio que abandonou a família quando Ana tinha um ano de idade. Morou com os avós maternos durante os primeiros 3 anos de vida, e os próximos quatro morou num orfanato, até voltar à sua mãe. Descreveu posteriormente a infância como uma fase onde queria terrivelmente ser amada.
Aos 14 anos fez uma participação num filme dinamarquês que lhe valeu um prêmio em Cannes. Estudou dança e pintura e durante um tempo se sustentou vendendo seus quadros. Aos 17, depois de brigar com a mãe, foi embora pra Paris.
Sua ida pra Paris foi na total vida louca. Não sabia falar nada de francês, e não tinha um puto no bolso. Ficou vagando por cafés, até que foi abordada por uma mulher de uma agência de propaganda que propôs fazer umas fotos com ela. Puta golpe de sorte. Ela se deu bem na carreira de modelo, trabalhando para Pierre Cardin e Coco Chanel.
Aliás, seu nome profissional foi idéia de Coco Chanel: Anna Karina.
Foi nesse ano de 1959 que Karina participou de um comercial de sabonete, que seria visto pelo jovem Jean-Luc Godard, que estava lançando seu primeiro filme, Acossado. Ele ofereceu um pequeno papel a ela, mas ela recusou, pois ia ter nudez.
Mas ele não desistiu, e ofereceu um papel em seu filme seguinte, Uma Mulher é uma Mulher. Os dois se casaram em 1961, iniciando essa maravilhosa parceria que unia amor e arte. Karina tornou-se a musa da Nouvelle Vague, trabalhando com o marido em Viver a Vida, O Pequeno Soldado, Bande À Parte, Alphaville, O Demônio das Onze Horas e Made In USA. Separaram-se em 1967.
Karina também trabalhou com grandes diretores, como Rainer Werner Fassbinder, Jacques Rivette, George Cukor e Agnàs Varda. Em 1973 escreveu e dirigiu seu Vivre Ensemble, feito que repetiria em 2008 com Victoria.
Ah, e além de atuar, Karina também canta maravilhosamente bem. Lancou algumas músicas, mas dá pra conferir um tanto da sua voz na comédia musical Anna, que o Serge Gainsbourg escreveu especialmente pra ela, em 1967.
Anna ainda aparece esporadicamente em um filme ou outro, mas numa frequência bem menor que antes. Mas não faz mal. Anna Karina ainda é a grande musa dos cinéfilos apaixonados!
Ah, e pra terminar, Karina já escreveu quatro romances: Vivre Ensemble (1973); Golden City (1983); Emn'achète pas le soleil (1988); e jusqu'au bout du hasard (1998).
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