terça-feira, 19 de junho de 2012

Annie Edson Taylor


Cara, essa postagem tá muito absurda, muito maluca. Se liga: Annie Taylor foi a primeira (e única) mulher a descer as Cataratas do Niágara num barril. E pasmem: ela sobreviveu. Fiquei pensando no que leva uma pessoa a fazer algo assim, e numa rápida pesquisa descobri coisas bem bacanas sobre essa atividade que eu antes acreditava só ser possível nos desenhos do Pica Pau.


As Cataratas do Niágara exercem um certo hipnotismo sobre as pessoas, como se as quisessem tragar. As autoridades relatam que cerca de 20 pessoas por ano escolhem o lugar para acabar com suas vidas. Mas esse rolê aventureiro começou em 1829, com Sam Patch, que pulou nas Cataratas sem nenhuma proteção, e sobreviveu. Ganhou fama e dinheiro, pulou de novo (e viveu), mas acabou morrendo na segunda vez que pulou no Rio Genesee.


Se liga nesse tiozinho que pulou, mas morreu (note que a galera pira na tartaruga que sobrevive)

A fama de Sam acabou atraindo muita gente para a idéia da queda, incluindo a Annie, em 1901. Ela nasceu em 1838 em Nova Iorque, filha de um fabricante de farinha. Seu pai morreu quando ela tinha 12 anos, mas sua situação financeira era boa. Casou-se, mas perdeu o filho na infância e ficou viuva cedo. Chegou a abrir uma escola de dança, mas mudava constantemente de residência, sempre em busca de trabalho. Foi quando estava mal de grana que decidiu que seria a primeira mulher a descer as cataratas, em um barril.

Esse vídeo não tem legendas, mas é excelente pra ver como eram os barris.

O barril foi desenvolvido por ela, era impermeável e forrado internamente por um colchão. Um tempo antes, como teste, ela botou um gato dentro e jogou catarata abaixo. O bichano saiu ileso. E então, aos 63 anos, o barril foi colocado sobre um barco a remo e Annie entrou dentro, com um travesseiro em forma de coração. Seus amigos parafusaram a tampa e usaram uma bomba de pneu de bicicleta para comprimir ar no barril. O buraco por onde bombearam ar foi tapado com uma rolha de cortiça.

O pobre do gato tá ali, encima do barril.

A viagem durou cerca de 20 minutos. Após a queda, a equipe de resgate a encontrou viva, apenas com um pequeno corte na cabeça. Ela ganhou bastante dinheiro contando seu feito, mas não soube administrá-lo. Gastou quase todo ele em detetives particulares contratados para encontrar seu empresário que havia fugido com seu barril.

Morreu em 1921, aos 82 anos.


Pra quem se interessou pelo assunto, e quer pesquisar sobre outras pessoas que desceram as cataratas (há 16 casos relatados), ou mesmo obter informações sobre como fazer a descida, entre nesse site aqui:
http://viagem.hsw.uol.com.br/descer-as-cataratas-do-niagara.htm


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