segunda-feira, 25 de junho de 2012

Frida Kahlo


[nota: aqui não vou colocar nenhuma obra da Frida. Só fotos dela. Pra quem tá interessado, o google tá aí pra isso]




Pra início de conversa, se vc ainda não viu o filme que a Salma Hayek fez sobre a Frida, larga tudo o que tá fazendo e vá assisti-lo. Trata-se dessas obras apaixonadas, movidas por um respeito e admiração que transbordam da tela.


Nascida em Coyoacán, uma pequena cidade nos arredores da Cidade do México, em 1907, Magdalena Carmen Frieda Kahlo y Calderón era a terceira de quatro irmãs. Seu pai tinha a pintura como passatempo. Aos 6 anos contrai poliomielite, o que deixou a perna direita mais fina que a esquerda. Recebeu o apelido de 'Frida perna de pau' e passou a usar calças e longas saias pra disfarçar. Gostava de praticar esportes, como o boxe.

Com a família, em 1926.

Dos 15 aos 18 tem aulas de desenho e modelagem na Escola Nacional Preparatória. Aos 18 aprende a técnica de gravura. Neste ano ela sofre um grave acidente num bonde que se chocou com um trem. Um pedaço de ferro atingiu suas costas, atravessou a pélvis e saiu pela vagina, causando uma grave hemorragia e deixando Frida vários meses no hospital, entre a vida e a morte. Teve de operar cerca de 35 vezes reconstruindo diversas partes do seu corpo. Teve de usar permanentemente coletes ortopédicos, e nunca conseguiu chegar ao fim de uma gestação. Tinha dores terríveis, que a acompanharam para o resto da vida.




Foi durante sua convalescença que começou a pintar, usando as tintas do pai e um cavalete adaptado à cama. Seus trabalhos eram quase todos auto-retratos.










Três anos depois, em 1928, entrou para o partido comunista, onde militava o conhecido muralista Diego Rivera, com quem se casou no ano seguinte. Frida pedia vários conselhos a Diego, que já era um artista de renome, e foi desenvolvendo uma arte bastante pessoal, mas que espelhava elementos da identidade nacional mexicana.








Entre 1930 e 33 passa a maior parte do tempo entre Nova Iorque e Detroit, com Diego. O casamento dos dois era muito turbulento, pois Diego tinha várias amantes, e Frida também, incluindo homens e mulheres. Chegaram a se divorciar em 1939, mas casaram-se novamente no ano seguinte. Ela tentou diversas vezes o suicído, e sofria um tantão com as traições do marido (que incluíram até sua irmã).




Aqui, com a amiga Tina Modoti.

André Breton, em 1938, qualifica sua obra como surrealista, mas Frida rebate: "Pensavam que eu era uma surrealista, mas eu não era. Nunca pintei sonhos. Pintava a minha própria realidade."








Em 1937 Leon Trotsky recebeu asilo político no México, e passa um tempo na casa de Frida e Diego. Ele e Frida tiveram um caso, e em 1940 foi assassinado.






Nos anos seguintes, Frida continuou sofrendo e pintando, aos poucos recebendo reconhecimento por sua obra. Morreu em 1954, não se sabe ao certo se por pneumonia, envenenamento ou suicídio.





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