Faz muito tempo que eu queria resenhar a vida desta montra sagrada do cinema. Vou aproveitar esse finalzinho de tarde de domingo pra escrever sobre Meryl, que ganhou seu terceiro Oscar por A Dama de Ferro no domingo passado.
Nascida em 1949 em Nova Jérsei, Mary Louise Streep tem descendência suíça, irlandesa, inglesa e alemã. Ela foi uma daquelas crianças que estavam sempre envolvidas em peças teatrais na escola, fazendo e acontecendo, até que graduou –se pela Yale School of Drama. Fez algumas adaptações de Shakespeare e foi trabalhar na Broadway. Começou um relacionamento com o ator John Cazale então ela começou a fazer testes pro cinema.
Tem uma anedota dessa fase que eu gosto muito. Meryl foi fazer um teste pra estrelar a refilmagem do King Kong, e o Dino deLaurentis comentou com seu filho, em italiano “Ela é feia. Por que você me trouxe essa coisa?”, e então ficou chocado quando ela respondeu, num italiano fluente.
Seu primeiro papel no cinema foi uma ponta em 1977 no filme Júlia, em que aparecia num flashback. No ano seguinte estava em O Franco Atirador, estrelado por Cazale e Robert DeNiro. Foi em 77 que Cazale foi diagnosticado com câncer nos ossos, e Maryl permaneceu ao seu lado até sua morte, em março de 78. Neste ano ela estrelou a minissérie de TV, Holocausto, que foi um puta sucesso, elevando sua popularidade diante do grande público. Em 1979 começou um relacionamento com o escultor Don Gummer, que dura até hoje.
Sua primeira indicação ao Oscar veio pelo O Franco Atirador. No ano seguinte ela fez um filme com o Woody Allen, Manhattan e o drama Kramer vs Kramer, onde exigiu que suas falas fossem reescritas, já que elas não faziam justiça às mulheres que passavam pela situação de divórcio e guarda de filhos. Por ele ganhou o Oscar de melhor atriz coadjuvante.
Até então suas papéis eram todos secundários. A partir de 1981, com A Mulher do Tenente Francês, passou a desempenhar papéis principais. Em 82 veio o A Escolha de Sofia, e o Oscar de melhor atriz.
Fez uma penca de filmes, até que chegou aos 40 e os papéis começaram a rarear. Em 1989, comentou com o marido que estava pensando em deixar o cinema, por falta de papés.
Fez uma penca de filmes, até que chegou aos 40 e os papéis começaram a rarear. Em 1989, comentou com o marido que estava pensando em deixar o cinema, por falta de papés.
“Eu lia nas entrelinhas que depois que uma mulher passa da idade reprodutiva só podem ser vistas como ‘grotescas’”
A coisa mudou de figura em 1995, quando foi chamada pra atuar com Clint Eastwood em As Pontes de Madison. Ali estava a representação de uma mulher de verdade, interpretada por uma mulher madura. A partir daí sua figura de mulher forte, talentosa e bem resolvida só se fortaleceu.
“Conforme envelheço, baixo a guarda e penso menos em tudo o que me preocupava quando eu era jovem. A vivência me permite encarnar com autoridade todas as idades pelas quais já passei”
Puta inspiração mesmo. :)tá lindona em Manhattan.
ResponderExcluirÉ a minha "ídala"!!! Mulher forte, independente e mais linda e talentosa conforme o tempo passa.
ResponderExcluir