quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Sônia Braga
Estou assistindo o Gabriela sempre que posso, e acho uma novela ótima, com direção, roteiro e atuações bem feitas. Entrei agora pouco no youtube pra ver algumas cenas da versão de 1975, e quase caí pra trás. Meu pai amado, que mulher é essa Sonia Braga!!! Mesmo a Paes mandando bem como a Gabriela, Sônia tinha mais talento, mais sensualidade e muito mais simpatia da genética.
Nascida em Maringá, em 1950, quinta filha de uma família de sete irmãos, perdeu cedo o pai e trabalhava ajudando a mãe na limpeza de casa. Seu primeira aparição na televisão foi num papel de princesa no programa infantil Jardim Encantado.
Sônia trabalhou como recepcionista e foi secretária em um Buffet. Fez um teste para modelo da revista Cláudia e, mesmo não passando, foi lá que conheceu Ronnie Von, que a convidou pra trabalhar em seu programa, lendo cartas dos fãs. Lá conheceu também José Rubens Siqueira, diretor teatral que a escalou para seu curta Atenção, Perigo!
E sua estréia no teatro foi sob a direção de Siqueira, na peça Jorge Dandin, quando tinha 17 anos. Em São Paulo entrou na primeira montagem de Hair, e no mesmo ano participou do O Bandido da Luz Vermelha, do Rogério Sganzerla.
No início dos anos 70 participou dos filmes Cléo e Daniel, e A Moreninha. Participou das novelas Irmãos Coragem e Selva de Pedra, onde começou a chamar mais a atenção do público e da crítica. Os trabalhos foram se sucedendo, tanto na tv quanto no cinema, até que 1974 chegou, e Sônia Braga foi escalada pra viver Gabriela, adapação da obra de Jorge Amado. A decisão não poderia ser mais acertada: a novela foi um estrondoso sucesso, e Sônia tornou-se o grande símbolo sexual do país.
Em 1976 ela estrelou a adaptação para o cinema do Dona Flor e Seus Dois Maridos, um gigantesco sucesso que permaneceu por 34 anos como o filme brasileiro recordista de público. Pra quem ainda não assistiu, veja, pois é muito bom.
Com diversos trabalhos de destaque nos anos seguintes (com atenção especial a Eu Te Amo, filme do Jabor exibido em Cannes), o convite da MGM de filmar Gabriela nos Estados Unidos mudou os rumos da vida da atriz. Contracenando com Marcelo Mastroiani em Gabriela, em 1985 atuou em O Beijo da Mulher Aranha, do Hector Babenco, filme indicado a 4 oscars. Em 86 apareceu no programa do Bill Cosby e foi uma das apresentadoras da entrega do Oscar.
A lista de trabalhos posteriores da atriz é extensa, então vou parar por aqui, senão essa postagem não vai acabar nunca. É só importante dizer que, depois de 20 anos morando nos EUA, voltou ao Brasil pra fazer uma novela completa, Páginas da Vida.
No link a seguir, a ótima entrevista dada pela Sônia ao Roda Viva, em 1997. Tem um vídeozinho curto, mas a entrevista está toda trancrita:
http://www.rodaviva.fapesp.br/materia/210/entrevistados/sonia_braga_1997.htm
Marta Vieira da Silva
Nascida na cidade de Dois Riachos, Alagoas, em 1986, Marta cresceu no meio da pobreza, jogando bola junto com os moleques que nem sempre viam com bons olhos a intrusão de uma garota no campo. Como não havia garotas jogando bola, Marta treinava com os meninos, participando inclusive de alguns torneios no Nordeste. Acontece que ela era tão melhor que os caras, dava dribles tão desconcertantes que os rivais começaram a colocar impedimentos para que ela não participasse dos torneios.
Aos 14 anos foi para o Rio de Janeiro, e foi lá que recebeu o seu primeiro documento como profissional, pelo Vasco. Depois de dois anos foi para o Santa Cruz, onde jogou por mais duas temporadas, e então foi jogar no clube Umeå IK, da Suécia. Só depois de sair do Brasil e ir jogar na Europa que Marta começou a ficar conhecida, culminando com o prêmio de da Fifa de melhor jogadora do mundo, em 2006, 2007, 2008, 2009 e 2010.
Depois da Suécia, foi jogar num clube dos Estados Unidos, e depois voltou ao Brasil pra jogar pelo time feminino do Santos. Em fevereiro de 2012 voltou pra Suécia, desta vez defendendo a camisa do Tyresö FF.
Esse vídeo que coloquei a seguir é bem bacana, é uma daquelas homenagens do Faustão, e dá pra ver como Marta é uma figura admirada e respeitada num meio tão machista como o futebol.
Samira Makhmalbaf
Nascida em fevereiro de 1980 em Teerã, Irã, a primogênita dos três filhos do cineasta Mohsen Makhmalbaf, Samira é uma das cineastas mais influentes da chamada nova onda do cinema iraniano.
Desde muito criança gostava de ver e discutir filmes com o pai, e aos sete anos interpretou um papel num filme do pai, O Ciclista. Largou a escola aos 14 anos para estudar cinema com o pai, curso que durou 5 anos. Nesse tempo, dirigiu duas produções em vídeo, e ao final do curso começou a dirigir o filme A Maçã.
O filme que conta a história de duas irmãs gêmeas de Teerã que foram criadas por 11 anos trancafiadas dentro de casa, tendo como único contato humano os pais. O filme foi convidado a ser apresentado em mais de 100 festivais internacionais, e Samira foi a cineasta mais jovem (18 anos) a participar da seleção oficial do Festival de Cannes.
Aos 20 anos ela vai pra Inglaterra, estudar psicologia e direito na universidade de Roehampton, mas nunca abandona o cinema. Em 2007, impedida de filmar no Irã (proibição que recai também sobre seu pai), Samira vai filmar no Afeganistão. Um atentado a bomba no meio do set mata um membro da equipe e fere mais seis. Mesmo assim Samira persiste na empreitada.
A seguir, uma ótima entrevista com a diretora, concedida ao programa Zoom, da Cultura:
terça-feira, 14 de agosto de 2012
Junko Mizuno
Essa semana eu li um quadrinho alucinante, curto mas fantástico, de uma japonesa chamada Junko Mizuno. O quadrinho é Cinderalla, e como vcs devem imaginar, trata-se de uma versão bastante particular da clássica história de Cinderella. Se liga no traço da mina:
Nascida em 1973, no Japão, essa desenhista de mangá mistura traços fofíssimos com histórias macabras e bizarras, o que rende uma mistura divertida e surpreendente. Fortemente influenciada pela pop art, e lançando mão de cores - o que é raro no mangá - Junko tem feito muito sucesso, expondo em galerias e causando frisson em feiras de quadrinhos.
Pra quem se interessou pelos desenhos, fica a dica da Cinderalla, lançado aqui no Brasil pela Conrad.
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Sylvia Kristel
Nascida em Utrecht, Países Baixos, em 1952, filha de donos de uma estalagem, foi marcada pela separação dos pais, aos 14 anos. Sempre quis ser professora, mas aos 17 anos iniciou sua carreira como modelo. Fluente em inglês, francês, alemão, holandês e italiano, ganhou o concurso de Miss TV Europa em 1973, e em 1974 estrelou o filme que lhe deu mais fama: Emmanuelle.
Quem cresceu nos anos 90 deve se lembrar dos filmes da Emmanuelle que eram exibidos pela Band nos sábados de madrugada. Trata-se até hoje da série de filmes mais rentável da França. Ela fez 4 filmes da Emmanuelle clássica, e mais 7 para outra série televisiva, onde interpretava a velha Emmanuelle. Havia um cinema na Champs Elisées que exibiu seus filmes por 15 anos. Sylvia Kristel era sem dúvida a atriz francesa mais famosa dos anos 70.
Em 1977 trabalhou com Claude Chabrol em Alice Ou a Última Fuga, mas no geral seus papéis ficaram restritos à figura erótica e sedutora da série que a consagrou.
Em 2001 venceu um câncer na garganta e pulmão, e em 2006 lançou sua biografia, onde relatou seus relacionamentos com homens mais velhos, numa busca vã de uma figura paterna. Falava também sobre seus vícios relacionados ao álcool e a cocaína.
Pelo que pude ler, ela também pinta. Embora, infelizmente, só tenha achado na net essas duas obras aí.
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