quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Sofia Scholl


Nascida na Alemanha em 1921, Sofia Scholl foi criada como luterana e teve uma infância tranqüila. Aos doze anos escolheu se juntar à Liga das Moças Alemãs, como era costume entre suas colegas, mas logo o entusiasmo deu lugar a críticas. A prisão de seus irmãos e amigos pela participação no Movimento da Juventude Alemã deixou uma forte impressão sobre ela. A postura política passou a ser um critério fundamental para a escolha de amigos.


Com talento para o desenho e pintura, entrou em contato com os artistas considerados degenerados pelo Reich. Leitora ávida, desenvolveu grande interesse por filosofia e teologia.  Sua firme crença em Deus e na dignidade essencial de todo ser humano formou sua base para resistir à ideologia nazista.


Formou-se na escola secundária em 1940, e no ano seguinte passou uma temporada de seis meses no exército, como professora auxiliar de berçário. Essa experiência foi evidentemente fundamental para o fortalecimento sua resistência às idéias nazistas.


Em maio de 1942 ela se matricula na Universidade de Munique como estudante de filosofia e biologia. Junto com seu irmão Hans – que estudava medicina – formou um grupo de amigos com afinidade nos campos da filosofia e arte. Foi então que começou a participar do Rosa Branca, um movimento antinazista de resistência alemã e de inspiração católica.

Hans, Sofia e Christoph.

Ela, seu irmão Hans Scholl e Christoph Probst começaram a confeccionar panfletos contendo frases antinazistas e trechos do apocalipse. Os panfletos eram redigidos e depois copiados, sendo então entregues nas caixas de correio em casas de grandes cidades da Baviera – Berço do movimento nazista. Sofia era um elemento estratégico no grupo, já que a Gestapo parava menos as mulheres para revista. No total, distribuíram 6 edições dos panfletos, quando foram presos na universidade de Munique.


Esses panfletos fazem destes três jovens casos raros de alemães que se opuseram ao terceiro Reich. No tribunal, Sofia teria dito:
“Alguém afinal teve de começar. O que foi escrito e dito é também a crença de muitos outros.  Eles simplesmente não ousaram exprimir-se como fizemos”
No dia 22 de fevereiro de 1943, Sofia, seu irmão Hans e seu amigo Christoph foram condenados por traição e mortos na guilhotina no mesmo dia.


Entre fevereiro e outubro de 1943 foram mortos mais de 50 membros do movimento Rosa Branca.


Ah, antes que me esqueça. Vejam, tipo, mesmo, o filme Sofia Scholl – Uma Mulher Contra Hitler, de 2005. Reconstituição excepcional da da história, forte e emocionante.



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