terça-feira, 24 de julho de 2012

Pussy Riot


Formada em setembro de 2011 e contando com cerca de 10 integrantes (além de outras 15 que lidam com o trabalho técnico de filmar e editar seus vídeos que vão pra net), o Pussy Riot é uma banda punk formada por russas, que tem se recusa a tocar em casa de shows normais, armando esquemas de shows públicos, tipo guerrilha, em forma de protesto contra o presidente russo Vladimir Putin. Tudo começou quando Putin anunciou que iria se candidatar novamente, provocando pavor nas meninas que estão cansadas de seu governo corrupto.


Essas mulheres passaram a estampar as manchetes de jornais por fazer esses tais shows-protesto, sem autorização legal, e em lugares públicos. Elas se apresentam sempre de vestidos e meias, mesmo com o mais severo dos frios, usando balaclavas para esconder os rostos. Suas fontes de inspiração vão desde lutchadores mexicanos até a teórica americana Judith Butler, passando pela banda Bikini Kill e o filósofo Michel Foucault.


O negócio ficou feio em 12 de fevereiro de 2012, quando, depois de cantar dentro de uma igreja, protestando contra o governo do presidente Putin,  três integrantes foram detidas. Se liga no vídeo:


O resultado do show-protesto veio no dia 17 de agosto de 2012: as três foram condenadas a três anos de prisão. A condenação deixou a maioria da população do planeta perplexa. Afinal, trata-se de botar gente na cadeia por protestar contra um regime político! Enfim, os protestos começaram a pipocar em todo o globo, onde diversos ativistas lutam para a libertação delas. Artistas como Madonna, Sting, Paul McCartney, Peter Gabriel, Björk, e o Red Hot Chili Peppers demonstraram apoio ao grupo feminino, e pediram sua libertação. Mas os músicos russos preferem ficar quietinhos, com o rabo entre as pernas.


Pra curtir o canal das minas no youtube, é só entrar aqui: http://www.youtube.com/PussRiot  [o foda é que tá tudo em russo!]

O blog das minas é esse aqui: http://pussy-riot.livejournal.com/

E vale a pena entrar aqui também: http://freepussyriot.org/


A seguir, compilei uns trechos da entrevista com elas, dadas ao site Vice. Vc pode ler na íntegra aqui.


VICE: O que inspirou vocês a começarem a banda?
Kot: A Pussy Riot entrou em ação no final de setembro de 2011, logo depois do Putin anunciar que planejava ser presidente novamente e governar a Rússia brutalmente por pelo menos mais 12 anos.
Serafima: Certo, foi aí que percebemos que esse país precisava de uma banda militante de street punk feminista que pudesse tocar nas ruas e praças de Moscou e mobilizar a energia pública contra os bandidos da junta Putinista, enriquecendo a oposição cultural e política com temas que são importantes para nós: gênero e direitos LGBT, problemas da conformidade masculina e a dominância dos machos em todas as áreas do discurso político.
VICE: Por que “Pussy Riot”?
Garadzha: Um órgão sexual feminino, que deveria apenas receber, de repente começa uma rebelião radical contra a ordem cultural que tenta constantemente defini-lo e mostrar qual é o seu lugar. Os sexistas têm certas ideias de como as mulheres devem se comportar, e Putin também tem alguns pensamentos sobre como os russos devem viver. Lutar contra tudo isso — isso é a Pussy Riot.
Quais são as razões por trás da decisão de se manter anônimas?
Serafima: Nosso objetivo é nos afastar das personalidades em direção aos símbolos de protesto puro.
Tyurya:Trocamos frequentemente de nomes, balaclavas, vestido e papéis dentro do grupo. Alguém sai, um novo membro se junta ao grupo e a escalação em cada apresentação de guerrilha da Pussy Riot pode ser inteiramente diferente.
Qual foi o show favorito de vocês?
Garadzha: Fora o da Praça Vermelha, todas nós realmente gostamos do nosso show no telhado de um dos prédios do Centro de Detenção de Moscou, onde as pessoas foram presas depois dos protestos pós-eleição do dia 5 de dezembro. Os presos políticos podiam nos ver de dentro das celas e gritavam e aplaudiam enquanto a gente tocava “Death to Prisons — Freedom to Protest”. Os guardas e os funcionários da prisão ficaram correndo de um lado pro outro porque não sabiam como tirar a gente imediatamente daquele telhado. Eles ficaram tão assustados que ordenaram um trancamento total imediato — acho que eles pensaram que ia começar um cerco ao Centro de Detenção depois que a gente terminasse de tocar. Foi muito legal.



 Polícia russa detém o enxadrista Garry Kasparov, ex-campeão mundial e líder da oposição ao governo russo, durante protesto em frente ao tribunal em Moscou onde a banda punk Pussy Riot foi condenada por vandalismo e sentenciadas a dois anos de prisão (17/8/2012). Segundo o site da revista "The Hollywood Reporter", Kasparov disse a uma agência de notícias russa: "De início não entendi porque eles me prenderam - eu estava dando uma entrevista a um jornalista. Mas então eles colocaram em uma van e me espancaram brutalmente". O enxadrista também afirmou que conseguiu morder a mão de um dos policiais 

Renate Kuenast, parlamentar do Partido Verde da Alemanha, protesta contra a prisão das meninas do Pussy Riot (17/8/12) 


Em Dublin, na Irlanda, a ativista feminista Rosita Sweetman protesta contra prisão das meninas do Pussy Riot 

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Hebe Camargo



Nascida em Taubaté, em 1929, a caçula de 6 irmãos. O pai de Hebe era violinista de cinemas, fazendo o acompanhamento de filmes mudos. Com o advento do filme falado o emprego acabou, e a família passou grandes necessidades financeiras Estudou até a quarta série. Em 1943 a família se mudou pra São Paulo, e Hebe começou a se apresentar em rádios como Carmem Miranda, para ajudar no orçamento da casa.




Ainda nos anos 40, junto com duas primas e com a irmã, forma o quarteto "Dó-Ré-Mi-Fá", cantando músicas do quarteto americano Andrews Sisters. Em seguida formou, com sua irmã Stella Monteiro de Camargo Reis, a dupla caipira "Rosalinda e Florisbela". Seguiu na carreira de cantora com apresentações de sambas e boleros em boates, quando abandonou a carreira musical para se dedicar mais ao rádio e à televisão.


Ela estava no grupo que foi ao porto da cidade de Santos buscar os equipamentos de televisão para a formação da primeira rede brasileira, a Rede Tupi. Foi convidada por Assis Chateaubriand para participar da primeira transmissão ao vivo da televisão brasileira, no bairro do Sumaré, na cidade de São Paulo, em 1970. No primeiro dia de transmissões da Rede Tupi, Hebe Camargo deveria cantar logo no início do TV na Taba (que representava o início das trasmissões) o "Hino da Televisão", mas alegou estar doente e faltou ao evento, sendo substituída por Lolita Rodrigues.

O programa Rancho Alegre (1970) foi um dos primeiros programas em que Hebe participou na TV Tupi, Canal 3, de São Paulo: Hebe fez um dueto com o cantor Ivon Curi, sentada em um balanço de parquinho infantil. 


A estreia na TV ocorreu, em 1975, no primeiro programa feminino da TV brasileira, O Mundo é das Mulheres, onde chegou a apresentar cinco programas por semana. Para a tristeza de seus fãs, após casar-se com Décio Capuano, em uma das cerimônias mais bela já vista, Hebe, pressionada pelo marido, abandonou a carreira por um período. Enquanto isso, a apresentadora pode realizar um dos seus grandes sonhos, ser mãe. Em setembro de 1965 nasceu Marcello, o primeiro e único filho de Hebe.


A apresentadora voltou para a televisão em 1966. Ano que estreou o “Programa Hebe” no canal 7, a TV Record. Com Roberto Carlos na estreia, o programa sempre foi o maior sucesso, chegando a alcançar 70% de audiência. Foi a partir daí que o sofá tornou-se uma das marcas registradas da apresentadora e Hebe um dos maiores nomes da nossa TV.




No início dos anos 70, a apresentadora resolve se dedicar ao filho e abandona a carreira por um tempo. Eron de Oliveira, em 1973, propôs a ela uma conversa para patrocinar um programa de TV, mas isso não passou de pretexto para que Hebe conhecesse Lélio Ravagnani, com quem a apresentadora teve um novo romance. Os dois ficaram juntos até 2000, quando ele faleceu.


Quase dez anos após abandonar a televisão, no início dos anos 80 a apresentadora voltou para o vídeo, agora na Bandeirantes. O programa fez um grande sucesso, mas, mesmo assim, quatro anos depois da estreia, a direção da emissora resolveu acabar com a atração. Foi ai que Hebe recebeu um convite do SBT, assinando um contrato com a emissora de Silvio Santos em novembro de 1985.


Em 04 de março de 1986 estreia no SBT o “Programa Hebe”. Além da atração que leva seu nome, a apresentadora já comandou outros dois programas na emissora do dono do baú, entre os anos de 1991 e 1993.

Em 1997, num de seus programas, Hebe deu um selinho em Rita Lee, o que desencadearia uma onda de selinhos que se transformou em sua marca registrada.


Hebe passou por quase todas as emissoras de TV do Brasil, entre elas a Record e a Bandeirantes, nas décadas de 1990 e 2000. Na Bandeirantes, ficou até 2005, quando foi contratada pelo SBT, onde permaneceu até 2010, quando se mudou pra Rede TV.

Pra quem tiver na pegada, esse programa do Faustão em homenagem a ela é bacana.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Pagu



Patrícia Rehder Galvão, conhecida pelo pseudônimo de Pagu, nascida em São João da Boa Vista, em 9 de junho de 1910. 

Esse vídeo do youtube é muito bom, vale a pena ver.


Esse programa do Globo News tmb é massa.
Bem antes de virar Pagu, apelido que lhe foi dado pelo poeta Raul Bopp, Zazá, como era conhecida em família, já era uma mulher avançada para os padrões da época, pois cometia algumas “extravagâncias” como fumar na rua, usar blusas transparentes, manter os cabelos bem cortados e eriçados e dizer palavrões. Ela não queria saber o que pensavam dela, tinha muitos namorados e causava polêmica na sociedade. Esse comportamento não era nada compatível com sua origem familiar, porque provinha de uma família muito conservadora e tradicional.

Essa legenda tá errada. A Pagu é a menininha do meio.

Em 1925, com quinze anos, passa a colaborar no Brás Jornal, assinando Patsy. Embora tenha se tornado musa dos modernistas, Pagu não participou da Semana de Arte Moderna. Tinha apenas 12 anos em 1922, quando a Semana se realizou. Entretanto, com 18 anos, mal completara o Curso na Escola Normal da Capital (São Paulo, 1928) se integra ao movimento antropofágico, de cunho modernista, sob a influência de Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral. O apelido Pagu surgiu de um erro do poeta modernista Raul Bopp, autor de Cobra Norato. Bopp inventou este apelido, ao dedicar-lhe um poema, porque imaginou que seu nome fosse Patrícia Goulart e por isso fez uma brincadeira com as primeiras sílabas do nome.

Em 1930, um escândalo para a sociedade conservadora de então: Oswald separa-se de Tarsila e casa-se com Pagu. Especula-se que eles eram amantes desde a época que Oswald era casado. No mesmo ano, nasce Rudá de Andrade, segundo filho de Oswald e primeiro de Pagu. Os dois se tornam militantes do Partido Comunista.

Da esquerda para a direita: Pagu, Elsie Lessa, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Eugênia Álvaro Moreyra por volta de 1928

Ao participar da organização de uma greve de estivadores em Santos, Pagu é presa pela polícia política de Vargas. Era a primeira de uma série de 23 prisões, ao longo da vida. Logo depois de ser solta, em (1933), partiu para uma viagem pelo mundo, deixando no Brasil o marido e o filho. No mesmo ano, publica o romance Parque Industrial, sob o pseudônimo de Mara Lobo.

Em 1935 é presa em Paris como comunista estrangeira, com identidade falsa, e é repatriada para o Brasil. Separa-se definitivamente de Oswald, por conta de muitas brigas e ciúmes. Ela retoma sua atividade jornalística, mas é novamente presa e torturada pelas forças da Ditadura, ficando na cadeia por cinco anos. Nesses cinco anos, seu filho é criado por Oswald.

Ao sair da prisão, em 1940, rompe com o Partido Comunista, passando a defender um socialismo de linha trotskista. Integra a redação de A Vanguarda Socialista junto com seu marido Geraldo Ferraz, o crítico de arte Mário Pedrosa, Hilcar Leite e Edmundo Moniz.

Casa-se novamente com Geraldo Ferraz, e dessa união nasce seu segundo filho, Geraldo Galvão Ferraz, em 18 de junho de 1941. Passa a morar com os dois filhos e o marido. Oswald visita Rudá e eles passam a se relacionar como amigos. Nessa mesma época viaja à China e obtém as primeiras sementes de soja que foram introduzidas no Brasil.

Em 1952 frequenta a Escola de Arte Dramática de São Paulo, levando seus espetáculos a Santos. Ligada ao teatro de vanguarda apresenta a sua tradução de A Cantora Careca de Ionesco. Traduziu e dirigiu Fando e Liz de Arrabal, numa montagem amadora onde estreava um jovem artista Plínio Marcos.

É conhecida como grande animadora cultural em Santos, onde passa a residir com marido e os dois filhos. Dedica-se em especial ao teatro, particularmente no incentivo a grupos amadores. Em 1945 lança novo romance, A Famosa Revista, escrito em parceria com o marido Geraldo Ferraz. Tenta, sem sucesso, uma vaga de deputada estadual nas eleições de 1950.

Ainda trabalhava como crítica de arte, quando foi acometida de um câncer. Viaja a Paris para se submeter a uma cirurgia, sem resultados positivos. Decepcionada e desesperada por estar doente, Patrícia tenta suicídio, o que não se concretizou. Sobre o episódio, ela escreveu no panfleto "Verdade e Liberdade": "Uma bala ficou para trás, entre gazes e lembranças estraçalhadas". Volta ao Brasil e morre em 12 de dezembro de 1962, em decorrência da doença, para total tristeza de marido e filhos.



Aqui nesse site: http://www.pagu.com.br/blog/home/ dá pra encontrar muita coisa sobre ela, inclusive alguns de seus textos.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Leonor Fini


Fini nasceu na Argentina em 1908, e com 1 ano foi levada e criada em Trieste, na Itália, pela mãe. Aos 17 anos foi para Milão mas passou a maior parte de sua vida em Paris. Mais conhecida como pintora, era também uma figurinista, cenógrafa e escritora.



Pintora surrealista, nascida na Argentina, filha de mãe italiana. A passagem por este país foi rápida, porque, apenas com um ano de idade a mãe, depois de se divorciar, levou-a para Trieste, na Itália. Leonor, ou Eleonora, Fini frequentou os meios boémios da Europa. Foi uma autodidata. Ficou famoso o guarda-roupa que desenhou para a bailarina Margot Fonteyn, no seu papel de Agata, com coreografia de Rolant Petit, apresentado em Paris, sem esquecer que foi também Leonor quem desenhou o guarda-roupa para os filmes Romeu e Julieta de 1954, e Satyricon de 1969. 








Ela pintou retratos de Jean Genet, Anna Magnani, Jacques Audiberti, Alida Valli, Schlumberger Jean e Suzanne Flon, bem como muitas outras celebridades e visitantes ricos de Paris. Enquanto trabalhava para Elsa Schiaparelli desenhou o frasco do perfume "Shocking", que se tornou o perfume mais vendido para a Casa de Schiaparelli. Ela desenhou fantasias e enfeites para teatro, balé e ópera, incluindo o primeiro balé executado pelo Ballet de Roland Petit de Paris, "Les Demoiselles de la nuit", com uma Fonteyn Margot jovem. Este foi um pagamento de gratidão para Fini de ter sido fundamental para encontrar o financiamento para a nova companhia de ballet. 




Fini só se casou uma vez, por um breve período, com Fedrico Veneziani. Eles se divorciaram depois que ela conheceu o conde italiano Stanislao Lepri, que abandonou sua carreira diplomática logo após conhecê-la Fini e viveu com ela depois. Ela conheceu o escritor polonês Konstanty Jeleński, conhecido como Kot em Paris logo após a guerra. Ela ficou encantada ao descobrir que ele era o irmão ilegítimo de Sforzino Sforza, que tinha sido um de seus amantes mais favoritos. Kot juntou Fini e Lepri no seu apartamento em Paris e os três permaneceram inseparáveis ​​até suas mortes. Mais tarde, ela empregou um assistente para se juntar à família, que ele descreveu como "um pouco de prisão e um monte de teatro". Uma de suas tarefas era cuidar de seus amados gatos persas. Ao longo dos anos ela adquiriu 17 deles, que partilhou sua cama e, na hora das refeições, foram autorizados a percorrer a mesa de jantar selecionando saborosos pedaços.




Na década de 1970, ela escreveu três romances. Seus amigos incluíam Jean Cocteau, Giorgio de Chirico, Alberto Moravia, Fabrizio Clerci e a maioria dos outros artistas e escritores que habitam ou visitam Paris. Ela ilustrou várias obras pelos grandes autores e poetas, incluindo Edgar Allan Poe, Charles Baudelaire e Shakespeare, bem como textos de novos escritores. Ela foi muito generosa com suas ilustrações e doou muitos desenhos de escritores para ajudá-los a serem publicados. Ela é, talvez, mais conhecido por suas ilustrações gráficas para Histoire d'O.







Sobre ela diz-se que é a única artista a pintar mulheres sem desculpas. Muitas de suas pinturas apresentam fortes e belas mulheres (muitas vezes assemelhando-se) em situações cerimoniais ou provocativo. Os homens são frequentemente retratados como figuras ágeis que estão sob a proteção de suas fêmeas. A esfinge e os gatos ocupam lugar de destaque em suas pinturas, assim como o tema do "duplo". Ela era igualmente hábil em gravura, desenho, aquarela e pintura a óleo. Ela vivia com muitos gatos, até um total de 23 ao mesmo tempo. A doença de um de seus gatos poderiam mandá-la em uma profunda depressão.

As suas obras estão em quase todos os museus do mundo e desde o ano da sua morte, 1996, que se têm realizado retrospectivas dos seus trabalhos, como as de 1997 e 1998 em Nova Iorque e Boston.







Pra ver seus trabalhos, entre nesses sites aqui:



Mas o melhor é ir nessa página do facebook, onde tem um acervo muito grande de obras dela: http://www.facebook.com/LeonorFini