domingo, 30 de setembro de 2012

Zeena Schreck


Zeena Schreck nasceu em São Francisco, Califórnia, em 1963, filha de Anton LaVey e Diane Hegarty, fundadores da Church of Satan. Em 23 de maio de 1967 ela teve o mais divulgado batismo satânico, feito por seu pai. Sua infância foi toda moldada a partir da doutrina de seus pais, onde ela se sentia sufocada. Como pode ser conferido numa entrevista dela:

Meu pai estava experimentando vários truques: reservar a sexta-feira de noite para palestras que ele se referia como o "círculo mágico", hospedar shows burlescos com strippers vestidas como bruxas e vampiras, mas nada que fosse necessariamente "Satânico". Ele tinha um leão de estimação que levava junto com ele nas ruas de San Francisco,  porque ele realmente estava fazendo o que podia para comercializar-se localmente. Mas foi somente quando um publicitário escreveu uma história onde se referia a ele como "o primeiro sacerdote de Satanás" que teve a idéia de que poderia começar a sua própria religião. Foi muito semelhante à maneira como L. Ron Hubbard começou a cientologia, e do mesmo modo como todos estes cultos surgiram na Califórnia. Minha mãe estava mortificada, porque ela só queria ser como a Família Addams, mas tudo saiu tão rapidamente para fora de seu controle. Ele tinha seguidores que tomaram as coisas muito a sério e realmente acreditava nesta entidade Satanás e não tanto na idéia de Anton LaVey do satanismo. Como se vê, ele não estava muito bem informado sobre o assunto e, em essência, criou uma versão pós-moderna do satanismo. Foi uma manifestação de seu ego.





 Zeena se recorda de, quando criança, ouvir diversas ameaças de morte e estupro, que eram deixadas por malucos e psicopatas na secretária eletrônica da casa de seus pais. Os vizinhos os odiavam por atrair tanta coisa ruim ao bairro, e a molecada vivia jogando lixo na frente de sua casa. De 1985 a 1990 ela foi porta voz da Igreja de Satanás, recebendo títulos como Sacerdotisa da igreja do pai, e fazendo todo um trabalho de divulgação através da mídia. Mas ficou de saco cheio com toda essa piração de seita religiosa, e resolveu largar tudo em 1990. Abandonou o sobrenome LaVey e rompeu todo o contato com todos os membros da família. Recebeu diversas ameaças de morte por parte de antigos seguidores, mas manteve sua postura de desertora.




Aqui, um  vídeo com trechos onde ela e o marido promovem a igreja de satã:


Hoje Zeena não tem mais nada a ver com esse rolê de Satanismo. Atualmente ela e o marido fazem parte de uma organização que se dedica a ajudar pessoas recém saídas de seitas e religiões opressoras, já que os dois passaram por esse dificílimo processo.


O site oficial dela é esse aqui:
http://www.zeena.eu/

Pra finalizar, gostaria de colocar alguns dos trampos visuais dela. Pq, além desse rolê satanista, ela é fotógrafa, artista plástica, música, compositora e escritora [as fotos estão com aquela marca d´água irritante, pq peguei todas do site dela].















quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Mary Cassatt



Filha de Robert Simpson Cassat (depois, Cassatt), um rico e influente homem de negócios em Pittsburgh, e Katherine Kelso Jhonson, ambos de ascendência francesa, e uma entre sete irmãos (dois morreram precocemente), Mary Cassatt passou a infância entre os Estados Unidos, França e Alemanha. Fascinada ,em tenra idade, pelas obras de arte européias, matricula-se, ainda adolescente, na Academia de Artes da Pensilvânia, na Filadélfia. Aos vinte e três anos, decide-se por seguir a carreira de pintora profissional e, indo contra a própria família conservadora provinciana, partiu com uma amiga para a Europa estudar em ateliers particulares de pintores como Charles Chaplin, Thomas Couture e Jean-Leon Gerome, entre outros. Da Itália, envia uma obra para o Salão de Paris pela primeira vez, no ano de 1868, e é aceita. Seu estilo tradicional em pinturas de médio porte retratando figuras de gênero e personagens da literatura lhe permite ser aceita com certa consecutividade até 1874, enquanto ela transita entre Holanda, Bélgica e Espanha, um tempo ao longo do qual ela não consegue o destaque desejado, apesar das aceitações.

Sua frustração será ainda maior a partir de 1874, quando resolve se mudar definitivamente para Paris e enfrentar cara-a-cara a então capital mundial das artes e o concorrido mundo dos pintores profissionais. É recusada no salão de 1875 e nos anos conseguintes, até que é apresentada, em 1878, a Degas, cujas obras lhe fascinaram alguns anos antes. Ele lhe convida para participar da próxima exposição dos Impressionistas, em 1879, a quarta do grupo. Alterando drasticamente seu estilo à nova estética dos "pintores radicais" aos quais se juntava, Cassatt expõe com o grupo até a oitava exposição, em 1886, com algumas interrupções, fixando-se como membro do grupo original, ao lado de Monet, Morisot, Renoir, Pissaro e o próprio Degas, entre outros. É nessa época que ela começa a estudar gravura em metal, ao lado de seu mentor Degas, e compromete-se de maneira mais dedicada à arte do desenho, que irá ajudá-la a dissociar-se dos Impressionistas e criar um estilo próprio. É nessa época também que começa a trabalhar com o tema que irá lhe garantir um maior reconhecimento e um lugar próprio entre os Impressionistas: a representação de mães e filhos. O ambiente feminimo burguês está sempre marcado na sua obra, e a sua descrição da figura humana em óleo, pastel e ponta-seca são de uma técnica precisa e realista, representando as tonalidades da carne e das expressões faciais com uma impecabilidade excepcional.
                                                                              Auto-Retrato, de Mary Cassatt, c. 1878
Ao longo de seu envolvimento com os Impressionistas, procurou expressar suas fortes opiniões sobre arte e seus preconceitos contra a tradição dos salões oficiais. Sendo uma dentre os poucos membros ricos do grupo, e com uma rede social invejável, ajudou a promover os trabalhos de seus colegas e até mesmo a comprá-los. A partir de então, recusou-se a receber prêmios e menções e a participar de mostras de artistas mulheres, não acreditando em tal separação ou exclusividade, dizendo que em arte não deve haver tal distinção.
                                   Edgar Degas, Retrato de Miss Cassatt, sentada, jogando cartas, c. 1876–1878.
Após a desintegração dos Impressionistas, Mary Cassatt continua fortemente ativa no mundo das artes, atuando como colaboradora na criação de coleções particulares de obras impressionistas, como a de seu casal de amigos, os Havemeyer, e na introdução do Impressionismo nos Estados Unidos, além de continuar seu trabalho como pintora e gravadora até 1914. Neste período, sua maior conquista será na criação de gravuras coloridas, com forte influência da estética japonesa, e suas técnicas próprias, complicadas e bem-elaboradas, terão grande destaque no campo das artes gráficas.
Sofre de diabetes e a partir de 1915 fica praticamente cega, sem poder trabalhar até sua morte em 1926, solteira e sem filhos, em seu château em Beaufresne. Foi o penúltimo membro do grupo original dos Impressionistas a falecer, poucos meses antes de Monet.
A seguir, algumas de suas obras: