terça-feira, 31 de maio de 2011

Camila Picheco

Dia 11 de junho vai rolar o bazar Casa das Violetas no meu bar, o Woodstock. A Jéssica me falou que uma amiga ia expor uns quadros, mas nem me preocupei em buscar saber do que se tratava. Hoje eu me deparei com o trabalho dela, Camila Picheco, uma série de desenhos com lápis de cor e aquarelas que me deixou fascinado. A temática geralmente gira em torno de filme e de amigas, com destaque quase total à figura feminina. Pra quem gostou, já fica a dica: veja o trabalho da moça no Woodstock, dia 11 de junho.

Mais trabalhos, aqui: http://cpicheco.daportfolio.com/







N´g Mui



Essa foi uma dica do Andrew.
N´g Mui foi uma monja budista que viveu a 300 anos atrás, na China, e liderava uma das 36 câmaras do templo Shaolin. Nessa época o povo a qual ela pertencia, os Han, viviam sob o jugo do povo Manchu, que eram guerreiros da nobreza da China. Esses lárápios atearam fogo no templo Shaolin, sob alegação de que os monges estavam escondendo opositores do regime. N´g Mui, juntamente com outros mestres, fugiram e se dispersaram pelo sul da China, espalhando assim seus conhecimentos marciais.



O que me interessou na figura de N´g Mui é que ela criou um estilo de luta totalmente novo: o Wing Chun, arte que foi passava para Yip Man, e posteriormente para Bruce Lee. Enquanto a grande parte das artes marciais se preocupam em se esquivar ou bloquear o ataque do agressor, e depois atacar, o Wing Chun tem o princípio de usar a força do ataque do agressor contra ele mesmo, onde a defesa já funciona como ataque.

Há diferentes versões sobre a história de N´g Mui. Escolhi na wikipédia a que eu gostei mais e reproduzi aqui.


O templo de Shao-Lin da província de Henan era um lugar onde muitos revolucionários de partidos esquerdistas procuravam exílio, numa época onde o templo era muito respeitado. Entretanto, não era do interesse do Governo Manchu que esses rebeldes permanecessem vivos, e devido aos monges constantemente aceitarem peregrinos, tornou-se de fácil acesso para certo espião que, disfarçado, envenenou toda a água e ateou fogo nas dependências do templo, abrindo as portas e permitindo a entrada dos soldados Manchus.
Após a destruição de Shao Lin pela invasão do exército Manchu, Ng Mui, decidida a continuar na vida religiosa, ingressou no templo da garça branca onde, ali próximo, conheceu o velho Yim Yee. Segundo a história, Yim Yee tinha uma filha chamada Yim Wing Chun, que conforme os costumes chineses da época, tinha sido prometida em casamento, para um negociante da província de Fukin Neste lugar, havia homem chamado Wong que provavelmente pertencia a hierarquia governamental da região, e que era famoso tanto por sua habilidade em lutar quanto por seu mau procedimento. Atraído pela beleza de Yim Wing Chun, Wong queria-a como uma de suas concubinas, dizendo que, ou ela se casava com ele, ou ele a tomaria à força em uma determinada data. Yim Yee estava velho e já não tinha mais condições físicas de enfrentar o valentão em um duelo, o que era muito comum nesta época para resolver diversos assuntos. Todos os dias, ele e a filha se preocupavam com a data que se aproximava sem saberem o que fazer.
Enquanto isso, a monja Ng Mui que estava hospedada no templo da garça branca, costumava descer à vila, no sopé da montanha para fazer pequenas compras. Certo dia, conversando com Yim Yee, ficou sabendo do que se passava, e se propôs a ajudar. Yim Wing Chun passou a estudar sob a tutela de Ng Mui, e como conseqüência de seu aprendizado, ela mesma resolveu duelar contra Wong, conseguindo derrotá-lo em um combate onde à questão disputada era sua própria liberdade. Mais tarde, casou-se com o noivo que lhe tinha sido reservado, de nome Leun Bok Tao, o qual já possuía conhecimento de artes marciais antes de desposá-la. Depois do casamento, Yim o via praticar seus exercícios e fazia-lhe sugestões a respeito de certas técnicas. A princípio, prestou pouca atenção a essas sugestões, pois se considerava um bom lutador. Mas o tempo foi passando e começou a notar certas pertinências em suas observações. Também não se esquecia do fato que havia derrotado um homem no passado. Resolveu então, desenvolver as técnicas de sua esposa, a qual passou a chamar de Wing Chun Kuen (Punhos de Wing Chun).


segunda-feira, 30 de maio de 2011

Tizuka Yamasaki



Talvez o nome dessa filha e neta de japoneses, nascida em Porto Alegre e que largou a faculdade de  arquitetura pra estudar cinema não seja familiar de grande parte das pessoas, mas seus trabalhos certamente o são. Transitando entre filme bem autorais e outros totalmente voltados pras grandes bilheterias, já trabalhou com cinema, televisão e publicidade. Fez vários dos filmes do Didi e da Xuxa, dirigindo inclusive o cult Lua de Cristal, com o lendário Sérgio Malandro.



Estudando cinema na federal do Rio, Tizuka conheceu Nelson Pereira dos Santos, seu professor, com quem trabalhou como continuista e fotógrafa em O Amuleto de Ogum, de 74. Quatro anos depois ela abre sua própria produtora, a CPC, produzindo filmes como Rio Babilônia, Bar Esperança e A Idade da Terra, do Glauber Rocha.

Em 1980 ela lança seu projeto mais pessoal: Gaijin - Caminhos da Liberdade. O filme é ótimo, uma saga admirável que conta a história de uma família japonesa que vem ao Brasil no início do século 20 pra trabalhar na lavoura, e passa por infinitas dificuldades. Um filme sofrido, mas muito bonito. Em 2003 ela lançou uma continuação, Gaijin 2. A seguir, o filme completo no youtube.


Outro filme espetacular é o Patriamada, sobre o movimento das diretas já. Uma pena que seja quase impossível assisti-lo hoje.

Merece todo o respeito esta que é a primeira mulher de origem japonesa a trabalhar com cinema, transitando tanto pelo alto cinema de arte até os filmecos da Xuxa.


terça-feira, 24 de maio de 2011

Elvira Vigna



Na fase mais infernal da minha interminável depressão, no início desse ano, estava eu no trabalho, escolhendo algum livro recém lançado pra ler. Daí topei com um livrinho pequeno, 168 páginas, falava sobre um adultério e era escrito por uma carioca nascida em 47. Resolvi experimentar, e o resultado foi se pá o melhor livro que eu li em 2011 [talvez eu tenha lido em 2010, mas isso é irrelevante].

Era um texto tão íntimo, tão dolorido e forte, de uma crueza por vezes constrangedora, mas era sobretudo uma história fascinante, irresistível. Logo nas primeiras páginas eu já sofria junto com a personagem-narradora, que vive o inferno depois da traição do marido. É realmente impressionante.



Bem, só pra não passar batido, vamos lá: Elvira Vigna é escritora e critica de arte, com formação em letras e arte, e mestrado em teoria da significação. Ela tem outros 6 romances escritos, que eu ainda não li, ou seja, preciso urgentemente tomar vergonha na cara e ir atrás deles. Outro trabalho interessante que desenvolve é o de ilustradora:
Ilustração de 'Arabescos ao vento', de Roseana Murray - 2009


Ilustração de 'Contos de encantos', de Rogério Andrade Barbosa - 2005


Ilustração de 'Língua Nua', de Oswaldo Martins - 2011


As críticas de arte podem ser encontradas no site Aguarrás (http://aguarras.com.br/).


Além de romances pra adultos, a autora também escreveu uma porção de livros infantis, quase todos fora de catálogo. Mas é possível ler esses livros em seu site: http://vigna.com.br/

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Alice Ruiz



 


apaixonada
apaixotudo
apaixoquase

Estou me dando conta de que esta empreitada de levantar o perfil de mulheres é mais difícil do que eu imaginava. Tomemos como exemplo a figura que destaquei hoje, Alice Ruiz. Como é possível comentar toda a produção artística desta curitibana nascida em 1946, que transita com desenvoltura tanto no meio literário quanto no musical? Peço a compreensão de vocês, pois meus textos serão assim mesmo, inundados de limitações, apenas apontando caminhos, nunca revelando por completo a mulher em foco.



Ela é do tipo que começou a escrever desde cedinho, aos nove já criava contos, e aos 16 se aventurou nos primeiros versos. Mas os textos, depois de escritos, iam direto pra gaveta, já que a escritora iniciante tinha vergonha de mostra-los. Aos 22 se casou com o poeta Paulo Leminski, o primeiro a ler e incentivar Alice a investir na escrita. Aos 26 ela começa a publicar em jornais e revistas, e seu primeiro livro é publicados aos 34 anos.



No campo da poesia, se apaixonou pelo haicai, forma poética nascida no Japão, geralmente formada por um verso de três linhas, prezando a concisão e a objetividade.

rede ao vento
se torce de saudade
sem você dentro


Nos anos 80, traduziu quatro obras de autores japoneses.

Desde os 26 anos compõe letras, tendo mais de 50 músicas gravadas, por diversos intérpretes.


Bem, é isso. Confere o site dela que tem muita coisa lá. http://www.aliceruiz.mpbnet.com.br/index.html

mesmo que eu morra
dessa morte disforme
o esquecimento
não lamento

viver ou morrer
é o de menos
a vida inteira
pode ser
qualquer momento
ser feliz ou não
questão de talento

quanto ao resto
este poema
que não fiz
fica ao vento
mãos mais hábeis
inventem


sábado, 21 de maio de 2011

Kika Salvi



Conheci a Kika quando eu era um adolescente ultra inexperiente na vida e resolvi comprar a revista VIP pra aprender o que era ser um homem. No meio de uma porção de matérias sobre músculos e roupas, haviam umas crônicas que logo me chamaram a atenção. No meio do Fábio Hernandez e Ailin Aleixo, lá estava ela, abordando questões de relacionamento que foram tão marcantes pra mim quanto meus próprios relacionamentos (ok, isso é exagero). E tinha também a coluna que sexo, que encontrei ontem folheando minhas antigas revistas na casa dos meus pais.


Pois é, daí o tempo passou, eu cresci, a Kika cresceu, e o que eu descobri? Ela está pintando quadros. E quadros muito interessantes. Pra mim foi uma baita duma agradável surpresa, senti até um certo orgulho, porque afinal o trabalho com a tinta me parece tão interessante quanto o trabalho de escritora. E, até onde pude averiguar, tem dois livros lançados: Kika - a estranha, e Mulher a Moda Antiga. Mas pra quem tiver afim de ler algo dela, é só botar no google e vai chover crônicas.

Deixo a seguir, algumas de suas obras.
Tem muito mais no http://kikasalviart.blogspot.com/

Le fou en rouge - aquarela e giz crayon - março de 2008.


Amantes Latinos - painel: colagem de tecidos, acrílica e pastel seco s/ tela 150 X 160 cm. Abril de 2009.


Menina Surfando, acrílica s/ papel de algodão 30 X 40 cm 


Serena, acrílica e carvão, de 80 X 110cm


Francesinha, acrílica s/ tela 30 X 40cm 2008.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Aurora Cursino dos Santos 1896 - 1959

Dei uma pesquisada na net sobre os primeiros 48 anos da Aurora, mas foi em vão. A única informação é que ela estudou só até a terceira série. Em 1944 é internada no hospital psiquiátrico do Juqueri, que é uma das mais antigas e maiores colônias psiquiátricas do Brasil, chegando a ter 14 mil internos em 1958. Diagnosticada com personalidade psicopática amoral e esquizofrenia parafrênica, começa a freqüentar a Oficina de Pintura no hospício, idealizada pelo psiquiatra e crítico de arte Osório César, que mais tarde criaria a Escola Livre de Artes Plásticas do Juqueri.

É então que, sem nenhuma instrução prévia, começa a pintar.

É um trabalho notável, de cores fortes e imagens de grande simbolismo. Imaginar a desordem mental da artista nos faz dar outras tantas significações às pinturas, que nos convidam a um mergulho interessante e misterioso.








PS.: as obras que eu encontrei não possuem data, e a maioria também não tem título.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Chiquinha [Fabiane Bento]



A Chiquinha nasceu em Porto Alegre e é um ano mais velha do que eu. O que a diferencia de mim é que ela desenha muito, tem um senso de humor incrivelmente superior, já trabalhou na Mad, Sexy, Caros Amigos, Vip, Mundo Estranho, Folha de São Paulo, e é amiga de praticamente todos os cartunistas desse país. Pois é, perto dela eu sou só um rascunho de guardanapo.



Sua formação se deu em casa, vendo as revistas que seus irmãos mais velhos liam: Mad, Chiclete com Banana, Piratas do Tietê, Circo. Foi fazer jornalismo na pucc, e num desses encontros inesperados de bar conheceu o Ota, que na época comandava a Mad Brazil. Foi com ele pro Rio e começou a trabalhar na redação da revista, escrevendo, desenhando, montando, o que aparecesse pela frente.

Recentemente ela deu uma entrevista no programa do Jô. É só clicar aqui pra conferir.



Hoje ela já tem o reconhecimento mais que merecido, com seus quadrinhos que tratam geralmente do universo jovem de uma forma ácida, mas com um certo carinho. Manja. É ácido, mas não tão bilioso quanto um Sieber, por exemplo. Enfim, leiam e sejam felizes.

http://chiqs.blog.uol.com.br/

Mariana Aydar



Dona de uma simpatia que conquista o mais empedrado dos corações, esta cantora paulistana não teve nenhuma dificuldade em se apossar do meu suscetível coração. Filho de um músico e de uma produtora musical, desde cedo conviveu com os tipos que viria a fazer parte na idade adulta.


Depois de estudar música no Brasil e na Gringa, foi morar em Paris em 2004. Lá conheceu o Seu Jorge, que estava fazendo shows naquela onda do ano do Brasil na França, e a convidou pra abri-los. Daí, pra voltar pra terrinha e mandar o primeiro cd foi um pulo.



Sua ligação maior é com o samba, isso é inegável, basta ouvir seu primeiro cd, Kavita 1, que é um apelido seu. Mas seu gosto por forró eclode, vez por outra. Seu segundo trabalho é inegavelmente um passo adiante, muito superior ao primeiro. Peixes, Pássaros, Pessoas mostra uma cantora um tanto espiritualizada, com uma baita pegada zen, com melodias absolutamente irresistíveis. É daqueles cds que você deixa no carro pra ouvir sempre, e que nunca se cansa de repetir.


 Posso dizer que a música é uma conexão espiritual pra mim, sempre foi. É onde eu deixo todo o pensamento pra trás e tento me conectar com alguma coisa que não tem palavras. E se não for assim, parece que não tem graça.
A seguir, temos uma entrevista dela pra revista Rolling Stone.


E aqui, o início do programa Ensaio, da Cultura, com ela.



Bem, vocês entenderam né.
Agora é só procurar as músicas e ouvir ouvir ouvir.

sábado, 14 de maio de 2011

Sabina Anzuategui



Em primeiro lugar: ela tem o nome da personagem mais interessante do livro mais interessante do Milan Kundera.

Mas tá longe de ser só isso. Ontem eu li, assim mesmo, de uma tacada, Calcinha no Varal, seu primeiro e único romance, lançado em 2005 pela companhia das letras. Quando contei pro Fernando sobre a idéia pra esse blog ele tirou esse livro do armário e disse: leia. Eu li, e gostei. Muito.


É um livro curto, direto, ora cru, ora poético. Mas o que me conquistou foi entrar nesse mundo tão íntimo da autora e me sentir num lugar tão familiar. Vou proferir o mais grosseiro dos clichês, mas foi como se nós já tivéssemos nos conhecido, e tomado muitas cervejas juntos. Mas é sério. Não foi como ler a Hilda, ou a Clarice, que são incríveis, mas têm esses universos complexos e misteriosos. Não. Ler o romance da Sabina foi como ler um diário de uma ex-namorada. Aquela com quem você compartilha a falta de dinheiro e a insegurança típicas da fase de início de graduação, com quem você desenvolve conhecimentos sexuais que nunca serão igualados nos anos seguintes, por mais que se trepe nessa vida. E daí eu me dava conta de que tava com vontade de ligar pra ela e perguntar como estava a vida.

"A mulher bonita tem um super-poder aos vinte anos. Depois ela o perde.
Não é fácil perder um super-poder."

Nascida em Curitiba em 1974, fez o curso de cinema na USP e escreveu o roteiro de Desmundo, do Alain Fresnot, além de colaborar com o [infelizmente pouco visto] Seja o Que Deus Quiser, do Murilo Salles, e do destruidor Quanto Vale ou é por Quilo, do Sérgio Bianchi. Hoje ela é coordenadora do curso de rádio e tv na faculdade Cásper Líbero. Coloquei a seguir um curta curtíssimo que ela fez na usp em 2006.



De qualquer forma, dá pra encontrar coisas muito interessantes em seu blog Lima da Pérsia. Além dele, tem um outro onde ela aos poucos vai publicando trechos de um romance em gestação, o Lesbianismo Erudito.  Aconselho fortemente a visita. Tanto ao livro, quanto aos blogs.

Vale também ler este pequenino texto que saiu na Revista TPM.



sexta-feira, 13 de maio de 2011

Mariel Clayton

Quando eu bati o olho no trabalho dessa canadense que prefere não divulgar sua foto por aí, fiquei fascinado, ao mesmo tempo que caía na gargalhada. Afinal, aquela era a Barbie, o boneca dondoca por excelência, imersa num universo sangrento, problemático, violento. Enfim, é a Barbie inserida no mundo real.



O trabalho de Mariel é basicamente composto de fotografia de bonecas, uma modalidade que [ainda bem] se torna cada vez mais comum no mundo das artes. E certamente seus trabalhos mais populares são aqueles em que a adorada Barbie aparece como protagonista, geralmente se vingando do Ken.

A fotógrafa odeia a idéia de mulher perfeita que a boneca passa às crianças, mulher essa que não tem nenhuma característica de uma mulher que exista no mundo real. O artificialismo extremo dessas bonecas é atacado quando são colocadas em situações extremas de violência. Todo um universo de perfeição é despedaçado e dacaptado, restando apenas um certo amargos de sonhos desfeitos.



“O que é ser uma menina? Seria isso ser alguém sem sal e com peitos chegando aos ouvidos? Será que viver na cozinha ou trocar de roupas pela enésima vez faria Ken achá-la mais bonita e atraente?"


Mas mesmo com todas essas leituras possíveis, Mariel afirma que iniciou o trabalho somente pra se divertir. O fato de ter retratado a boneca matando Ken diversas vezes não é nenhum indício de ódio aos homens. Ela apenas acha interessante a idéia de que por trás daquele sorrisinho cheio de batom e dentes perfeitos existe uma psicopata prestes a explodir. Em suas palavras:


Porque eu odeio a Barbie. Eu não gosto do estereótipo da “mulher ideal” que não se encaixa na imagem da mulher atual. Você não será uma Barbie sem um oceano de água oxigenada, 27 cirurgias plásticas e uma completa falta de inteligência, e me irrita o fato deste ser o brinquedo escolhido por muitas mulheres para presentear as suas filhas.
Pelo menos os brinquedos dos meninos como GI Joe (Comandos em Ação) e Action Man, são personagens que têm profundidade, personalidade e objetivo, digno de histórias imaginárias. Barbie não tem nada, exceto roupas e “ser uma menina”, mas o que é ser uma menina? Seria ser alguém sem sal e com peitos chegando aos ouvidos? Será que viver na cozinha ou trocar de roupas pela enésima vez faria Ken achá-la mais bonita e atraente?










 Avessa a idéia de que seu trabalho é feminista, prefere defender um equilíbrio que resguarde as diferenças entre os sexos, sem retratar os homens como crianças imaturas que não tem nada a contribuir. Aliás, costuma  ter o trabalho melhor reconhecido entre os homens que entre as mulheres. Segundo ela, os homens captam melhor seu humor, enquanto as mulheres enchem sua caixa de email chamando-a de perturbada, desequilibrada e aconselhando-a a buscar ajuda psiquiátrica.































Seja como for, dê um pulinho no site dela e conheça mais seu trabalho. E tem muita coisa no tumblr também.